Economia

Bandeira tarifária permite que consumidor gerencie consumo de energia, diz Aneel

Bandeira tarifária permite que consumidor gerencie consumo de energia, diz Aneel Bandeira tarifária permite que consumidor gerencie consumo de energia, diz Aneel Bandeira tarifária permite que consumidor gerencie consumo de energia, diz Aneel Bandeira tarifária permite que consumidor gerencie consumo de energia, diz Aneel

Brasília – A partir de janeiro, toda vez que o custo de geração de energia elétrica ficar acima do esperado o consumidor pagará no mês seguinte por isso. O modelo de “bandeiras tarifárias” começa a valer no primeiro mês de 2015 em três modalidades: verde (energia sem custo adicional), amarela (custo extra) e vermelha (custo extra maior).

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, o modelo será importante para o consumidor aprender a economizar e ajudar a reduzir a necessidade de acionamento das térmicas movidas a carvão, gás e óleo diesel. “Conceitualmente, o que motivou a Aneel a fazer essa inovação é a ideia de que devemos dar para o consumidor um sinal de preço para ele reagir no momento em que está consumindo”, disse.

No modelo atual, o consumidor paga o reajuste anualmente, quando a Aneel autoriza revisões nas tarifas da distribuidoras. “O processo hoje acontece com uma certa defasagem, porque acontece uma vez por ano (reajuste das distribuidoras). Portanto, o consumidor recebe uma aviso no momento em que ele não pode mais reagir (no modelo atual)”, afirmou.

O problema é que o acionamento das térmicas para compensar o baixo nível de água nos reservatórios da hidrelétricas tem elevado o valor da energia comprada pelas distribuidoras.

As empresas de distribuição têm acionado o Tesouro Nacional para conseguir pagar as geradoras. O descompasso gerou, até agora, um rombo de R$ 28,3 bilhões em 2014, sendo R$ 10,5 bilhões bancados pela União e R$ 17,8 bilhões financiados com bancos, em empréstimos que serão pagos pelos consumidores ao longo dos próximos três anos.

Com a adoção do sistema de bandeiras, o consumidor pagará mensalmente pela variação do custo de geração. Assim, toda vez que o preço da eletricidade ultrapassar o previsto (bandeira verde), o consumidor pagará mais a partir da inscrição da bandeira amarela ou vermelha na conta de luz.

No caso da bandeira amarela, o consumidor pagará uma taxa extra de R$ 1,50 a cada 100 kilowatt-hora. Na bandeira vermelha, esse adicional aumenta para R$ 3 por 100/kWh. Se o modelo já estivesse valendo ao longo de 2014, o consumidor teria pago a cota da bandeira vermelha na parte do ano.

Com uma rede de distribuição de 75,2 milhões de unidades consumidoras no País, o novo sistema em um mês de bandeira amarela pode fazer as empresas recolherem R$ 400 milhões a mais em todo o Brasil. O valor pode chegar a R$ 800 milhões em um mês de bandeira vermelha.