Economia

BC diz que rentabilidade dos bancos deve seguir pressionada no médio prazo, após Americanas

BC diz que rentabilidade dos bancos deve seguir pressionada no médio prazo, após Americanas BC diz que rentabilidade dos bancos deve seguir pressionada no médio prazo, após Americanas BC diz que rentabilidade dos bancos deve seguir pressionada no médio prazo, após Americanas BC diz que rentabilidade dos bancos deve seguir pressionada no médio prazo, após Americanas

O Banco Central avaliou nesta quarta-feira, 10, no Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre de 2022, que a rentabilidade do sistema bancário recuou discretamente no período, com o aumento de despesas com provisões em meio ao rombo bilionário das lojas Americanas. No médio prazo, segundo o órgão, a rentabilidade deve continuar pressionada, com a atividade mais fraca, a desaceleração do crescimento do crédito e a inadimplência e a inflação mais elevadas.

Sobre o segundo semestre de 2022, a autarquia considerou que “a discreta redução da rentabilidade no semestre foi acentuada devido ao caso Americanas”, disse o BC no documento.

O regulador disse, contudo, que embora o forte aumento das provisões tenha derivado do caso da varejista, a materialização de risco no mercado de crédito tem resultado no aumento dessas despesas de forma geral.

Em relação à redução da rentabilidade, o BC ainda citou que foi causada pela queda do ritmo de crescimento das rendas de serviços e a pressão da inflação sobre as despesas administrativas.

Sobre a margem de juros, o BC afirmou que houve queda leve no segundo semestre de 2022, mas que a sinalização é de estabilização à frente. Os motivos são que a renovação gradual da carteira de crédito a taxas maiores começa a compensar a elevação do custo de captação – que foi impactado pelo aumento realizado até o ano passado na taxa Selic. Já os ganhos de tesouraria tendem a diminuir em razão da estabilização da Selic.

“A rentabilidade deve continuar pressionada no médio prazo, considerando a perspectiva de atividade econômica mais fraca em 2023, de menor crescimento do crédito e de inadimplência e inflação elevadas”, ressaltou o BC.