Economia

BC encaminhou 4,1 milhões de notificações judiciais no 1º semestre

Bloqueios incidem sobre o saldo disponível em conta e não levam limites de crédito em consideração

BC encaminhou 4,1 milhões de notificações judiciais no 1º semestre BC encaminhou 4,1 milhões de notificações judiciais no 1º semestre BC encaminhou 4,1 milhões de notificações judiciais no 1º semestre BC encaminhou 4,1 milhões de notificações judiciais no 1º semestre
BC encaminhou 4,1 milhões de notificações judiciais no 1º semestre

O Banco Central encaminhou às instituições financeiras, no primeiro semestre deste ano, um total de 4.104.317 notificações judiciais por meio do Bacen Jud. O dado consta de newsletter distribuída na tarde desta quinta-feira, 27, pelo BC.

O Bacen Jud é utilizado pelo Banco Central para comunicar às instituições ordens emitidas pela Justiça, entre elas a solicitação de saldos, extratos e o bloqueio e desbloqueio de ativos. “Quando um juiz profere decisão estabelecendo restrições a valores ou a contas bancárias, o BC recebe as informações via Bacen Jud, consolida as ordens e, também via Bacen Jud, encaminha os dados para o Sistema Financeiro Nacional (SFN). A notificação é automaticamente cumprida em, no máximo, 24 horas”, explicou Luis Carlos Spaziani, chefe-adjunto do Departamento de Relacionamento Institucional e Assuntos Parlamentares do BC.

“O BC atua como gestor da ferramenta, trabalhando para que ela esteja sempre disponível para os magistrados e que funcione sem falhas. O mérito das decisões é sempre do Poder Judiciário”, acrescentou Spaziani. Apenas juízes habilitados têm acesso ao sistema.

De acordo com o BC, as determinações de bloqueio incidem sobre o saldo disponível na conta e não levam em consideração quaisquer limites de crédito.

“Nos casos em que o valor na conta é menor do que o valor determinado pelo juiz, o bloqueio é feito de forma parcial, e o sistema informa automaticamente os magistrados sobre as limitações encontradas”, disse Spaziani. “Por exemplo, se um juiz determinou um bloqueio de R$ 200 milhões em uma conta específica, mas lá só havia R$ 100 milhões, esse valor é bloqueado, e o juiz recebe essas informações via Bacen Jud.”

Atualmente, o Bacen Jud funciona com base em CPFs e CNPJs de pessoas físicas e empresas. As informações são checadas em relação aos dados da Receita Federal. Ainda em 2017, serão incluídos dados sobre corretoras, distribuidoras e financeiras. A implementação será completada em 2018. Na sequência, o BC pretende incluir dados de consórcios no cadastro.

“Estamos conversando com as entidades representativas desses segmentos para que o período de transição ocorra sem maiores percalços. A ampliação dos bancos de dados do Bacen Jud e do CCS (Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional) vai facilitar o trabalho dos magistrados, o que resultará em maior celeridade nos tramites judiciais”, disse Spaziani.