Economia

BC está monitorando tarifas de cartão de crédito, diz Campos Neto

BC está monitorando tarifas de cartão de crédito, diz Campos Neto BC está monitorando tarifas de cartão de crédito, diz Campos Neto BC está monitorando tarifas de cartão de crédito, diz Campos Neto BC está monitorando tarifas de cartão de crédito, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 26, que, ainda que o mercado seja livre, o BC tem monitorado as tarifas de intercâmbio no cartão de crédito para entender o movimento de alta dessas taxas. Segundo ele, o aumento significativo do uso de cartões pré-pagos desde o ano passado está relacionado com a chegada de novos entrantes neste mercado e com o custo do instrumento.

Campos Neto voltou a dizer que o BC pretende implementar a plataforma de pagamentos instantâneos no Brasil já em 2020, com uma agenda ambiciosa e mais célere até mesmo que a projetada pelas autoridades dos Estados Unidos.

“Ao contrário da fragmentação que ocorreu em outros países, como a China, acredito que a melhor forma de se fazer no Brasil é por meio um sistema central de pagamentos instantâneos, aberto a todos os players por 24 horas nos sete dias da semana. Acredito que isso reduzirá inclusive a quantidade de papel moeda em circulação”, completou Campos Neto.

O presidente do BC lembrou ainda que a instituição tem uma agenda ampla para fomentar competição em meios de pagamento via fintechs. “Entre regulação e competição, vamos optar sempre por aumentar a competição”, concluiu.

Caixa e BB

Campos Neto evitou fazer comentários sobre a agenda de devolução dos instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD) por parte do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. “O Banco Central não pode comentar sobre regulados. Os instrumentos de IHCD foram emitidos em governos anteriores. Entende-se que parte foi para gerar superávit primário”, resumiu, acrescentando que não poderia comentar sobre o plano da Caixa e do BB para fazer o pré-pagamento de IHCD.

Neste momento, o BC avalia uma segunda devolução da Caixa ao governo no montante de R$ 7,35 bilhões. O banco já devolveu outros R$ 3 bilhões. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tem dito querer pagar outros R$ 10 bilhões este ano. Assim, a Caixa pode reduzir pela metade o seu saldo de IHCD, de pouco mais de R$ 40 bilhões.

Já o Banco do Brasil tem dito que o entendimento do IHCD no caso da instituição é diferente da Caixa, uma vez que esses instrumentos foram emitidos para reforçar o crédito agrícola e não para suprir uma necessidade de capital do banco. No BB, os instrumentos somam cerca de R$ 8 bilhões e foram usados como funding nos anos de 2012 e 2013 para o financiamento do setor de agronegócios.