Economia

BC prevê resultado fiscal pior de governos estaduais no 2º semestre

O segundo item, segundo o técnico, foi o favorecimento dos Estados pelo realinhamento de preços, como o de energia elétrica e combustíveis, por exemplo

BC prevê resultado fiscal pior de governos estaduais no 2º semestre BC prevê resultado fiscal pior de governos estaduais no 2º semestre BC prevê resultado fiscal pior de governos estaduais no 2º semestre BC prevê resultado fiscal pior de governos estaduais no 2º semestre
De janeiro a junho, a economia feita pelos governo regionais representou 0,68% do Produto Interno Bruto (PIB) Foto: Divulgação/Governo

Brasília – O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que o déficit do setor público consolidado do mês passado decorreu quase que exclusivamente do resultado do governo central. “Isso também foi uma característica do primeiro semestre: desempenho melhor dos governos regionais do que do governo central”, disse. Para ele, no entanto, a contribuição das demais esferas tende a piorar. “O segundo semestre será menos favorável do que o primeiro para os governos regionais, não há dúvidas”, previu.

O técnico salientou que há uma sazonalidade favorável para o resultado da primeira metade do ano. Primeiro, de acordo com ele, porque boa parte de receitas, como pagamento de IPVA e IPTU, é arrecadada no início do ano. O segundo item, segundo o técnico, foi o favorecimento dos Estados pelo realinhamento de preços, como o de energia elétrica e combustíveis, por exemplo. O terceiro elemento, continuou, é que, em primeiros anos de mandato, há uma certa contenção dos gestores, o que pode ser observado pela série histórica do BC. “É quando o novo governante toma o pé da situação antes de dar curso aos projetos”, avaliou.

De janeiro a junho, a economia feita pelos governo regionais representou 0,68% do Produto Interno Bruto (PIB). “O resultado é bastante representativo, superando, inclusive, o desempenho do ano passado”, considerou. Na primeira metade de 2014, o superávit desses governo atingiu 0,51% do PIB. “O acumulado dos governos regionais até agora é consistente com a meta traçada para o ano, de 0,05% do PIB”, disse.