Economia

BC segue de perto desenvolvimento de meios de pagamentos eletrônicos, diz diretor

BC segue de perto desenvolvimento de meios de pagamentos eletrônicos, diz diretor BC segue de perto desenvolvimento de meios de pagamentos eletrônicos, diz diretor BC segue de perto desenvolvimento de meios de pagamentos eletrônicos, diz diretor BC segue de perto desenvolvimento de meios de pagamentos eletrônicos, diz diretor

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse nesta sexta-feira que o BC segue de perto os desenvolvimentos de todos os meios de pagamentos eletrônicos que estão em seu “perímetro regulatório”. Ele admitiu que há um aumento na tentativa de fraudes e sequestros-relâmpago com o uso desses instrumentos, como Pix, cartões e transferências (TED e DOC).

“O aumento da utilização de meios de pagamentos eletrônicos durante a pandemia de covid-19 é um fato extremamente positivo para sociedade, economia de numerário e permite que mais pessoas tenham acesso a pagamentos eficientes, rápidos e seguros. Mas coisas que são muito boas às vezes têm efeitos colaterais”, afirmou o diretor.

Para ele, é necessário saber exatamente onde estão os problemas, para que a intervenção do BC funcione sem onerar excessivamente as instituições que operacionalizam esses meios de pagamento e sem reduzir a usabilidade desses instrumentos pelos usuários. “A agenda de digitalização é inevitável e positiva para a sociedade. E sempre que tivermos um diagnóstico preciso e correto, faremos intervenções para melhorar a eficiência e aumentar a segurança”, completou.

O BC anunciou nesta sexta-feira diversas medidas para combater o uso do Pix e outros meios digitais em fraudes e sequestros-relâmpago. Entre elas, está a limitação a R$ 1 mil para transações entre pessoas físicas (e MEIs) de 20 horas às 6 horas.

Os usuários também poderão ter limites diferenciados para o dia e para a noite. Além disso, pedidos de mudança de limite pelos usuários só serão efetivados após 24 horas, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco.

Os bancos também poderão reter operações por 30 minutos durante o dia ou por 60 minutos durante a noite para a análise de risco.

As instituições ainda serão obrigadas marcar no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) as suspeitas de fraudes no Pix, facilitando a consulta para o bloqueio de contas de aluguel ou “laranjas”.

Opinião sobre horário limitador

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC disse que o limite de R$ 1 mil para transações de 20 horas às 6 horas não deve reduzir o uso dos instrumentos, já que a média das operações no horário têm valores inferiores a esse teto. Os limites valem apenas para as operações – transferências intrabancárias, Pix, cartões de débito e liquidação de TEDs – entre pessoas físicas, incluindo MEIs.

“Averiguamos utilização do Pix à noite para não prejudicar usuário com novas normas. Os valores de transações são majoritariamente abaixo de R$ 1 mil. Essa intervenção protege o patrimônio das pessoas, não reduz o uso do instrumento e desestimula os crimes violentos”, explicou Pinho de Mello.

O diretor lembrou os clientes continuarão tendo liberdade para aumentarem ou reduzirem seus limites em qualquer instrumento de transferência digital. Atualmente o limite diurno do Pix é balizado pelo limite da TED de cada cliente, enquanto o Pix noturno é balizado pelo limite do cartão de débito.

“O cliente poderá escolher não ter limite de dia, e optar pelo limite apenas à noite. Em caso de pedido de redução do limite por canais digitais, a mudança será imediata. Mas em caso de aumento do limite, haverá um prazo mínimo de 24 horas para proteger o cliente – a não ser que o pedido seja feito pessoalmente na agência”, afirmou. “É importante que a sociedade saiba disso, inclusive os criminosos. A ideia é tirar incentivo a crimes violento por uso do Pix”, completou o diretor.