Economia

BC tira 'perigo' fiscal de balanço de riscos, que se mantém simétrico

BC tira ‘perigo’ fiscal de balanço de riscos, que se mantém simétrico BC tira ‘perigo’ fiscal de balanço de riscos, que se mantém simétrico BC tira ‘perigo’ fiscal de balanço de riscos, que se mantém simétrico BC tira ‘perigo’ fiscal de balanço de riscos, que se mantém simétrico

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) retirou as ameaças fiscais do balanço de riscos para a inflação na reunião desta quarta-feira, 2, em que iniciou o ciclo de corte de juros com uma redução da Selic de 0,50 ponto porcentual, de 13,75% para 13,50%.

Na reunião passada, em junho, o Copom tinha afirmado que ainda havia um risco “residual” em relação ao desenho final do novo arcabouço fiscal.

Além do movimento que deve ser bem-visto pelo governo, o BC também atualizou outras variáveis do balanço de riscos, que, por sua vez, continua simétrico. Agora, são dois riscos para cada lado – de alta ou de baixa da inflação. Entre os riscos de alta, o colegiado manteve uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e acrescentou uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.

Até junho, o Copom considerava como um risco a desancoragem de expectativas de inflação maior ou mais duradoura.

No lado de risco de inflação mais baixa, o BC manteve uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global. Foram retirados riscos relacionados à queda maior de commodities ou de uma desaceleração do crédito no Brasil mais intensa do que o esperado. Por outro lado, o BC passou a considerar como risco baixista a chance de os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.