Economia

Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, garantiu que a instituição não tem a intenção de reduzir o grau de estímulo monetário

Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Banco Central Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Banco Central Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Banco Central Choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes, diz Banco Central
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 9, no evento 1618 Investimentos Annual Meeting, em São Paulo, que o “choque fiscal explica parte da depreciação cambial dos emergentes”. No Brasil, em meio à pandemia do novo coronavírus e das preocupações do mercado financeiro em relação à sustentabilidade fiscal do País, o dólar acumula alta de cerca de 38% ante o real em 2020. Na manhã desta sexta, a moeda americana à vista era negociada a R$ 5,5408.

Campos Neto reforçou, no evento, uma série de mensagens dos documentos mais recentes do BC sobre política monetária. Conforme o presidente do Banco Central, “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.

“Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, registrou Campos Neto na apresentação do evento.

O presidente do BC também reafirmou que “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado” e que a instituição não tem a “intenção de reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária”.