Coopbac é destaque em tabela divulgada pelo MDIC

Há apenas dois anos no mercado da exportação, a Coopbac – Cooperativa dos Produtores Agropecuários da Bacia do Cricaré, localizada em São Mateus, norte do ES, foi destaque na Balança Comercial do primeiro quadrimestre de 2018, divulgada pelo MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

A Cooperativa alcançou posições de destaque. Confira:

– Dentre as 160 Cooperativas brasileiras que apareceram na tabela, a Coopbac está na 79ª posição;

– Dentre as 4 capixabas, a Cooperativa ocupa a 1ª posição;

– Já com relação ao total das 488 empresas capixabas do ranking, a Coopbac ficou com a 104ª posição;

– E dentre um total de 16.104 empresas do todo o país, a Coopbac alcançou o 3.745º lugar.

O presidente da Cooperativa, Sr. Erasmo Negris, conta que essa foi a primeira vez que entraram na pesquisa e hoje já são a maior cooperativa exportadora de pimenta-do-reino do país, ultrapassando a CAMTA – Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu. A iniciativa de participar do ranking foi visando o posicionamento da Cooperativa na condição de exportadora, para verificar como foi a evolução nestes 2 anos e 4 meses de ter se capacitado para a exportação.

“A COOPBAC vem executando com muito afinco seu planejamento estratégico, bem como atuando para cumprir sua meta de ser no Brasil uma cooperativa referência na exportação da pimenta-do-reino. Os trabalhos tiveram início em 2014 e as exportações começaram em 2016. O maior objetivo é de fornecer aos importadores, garantia de abastecimento e de qualidade dos produtos”, disse Erasmo.

Com 225 cooperados, a Cooperativa produziu em 2016, 300 toneladas e dobrou sua produção em 2017, para 600 toneladas. O presidente afirma que para conseguir isso, vem trabalhando em várias frentes que possibilitam ter controles desta qualidade, passando por processos que irão desencadear uma rastreabilidade da pimenta, certificação das propriedades dos cooperados, treinamento de colheita e pós-colheita, desenvolvimento de pesquisas em parcerias público-privadas e indicação geográfica da pimenta-do-reino.

“Em 2016 comercializamos 20% do share dos cooperados e em 2017 passamos para 40%. Resultado da nossa atuação firme diante da cadeia produtiva e a certeza de que estamos nos solidificando cada dia mais como exportadora desta especiaria”, afirmou.

A Cooperativa que produz além da pimenta do reino, café, coco e macadâmia; tem cooperados em São Mateus, Pedro Canario, Pinheiros, Jaguare, Colatina, Linhares, Nova Venecia, Boa Esperança; já exportou para países como México, Argentina, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Polônia, Holanda, Turquia, França, Argélia, Marrocos, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes.

SOBRE A COOPBAC

Constituída em fevereiro de 2005, a COOPBAC presta serviços aos seus cooperados de armazenagem e comercialização de sua produção, além da revenda de insumos agrícolas utilizados na propriedade rural.

Cooperativas educacionais do ES começam a trabalhar o programa “Cooperativa Mirim”, com apoio do Sistema OCB/ES e Sicoob ES

O Sistema OCB/ES em parceria com o Sicoob ES está lançando junto a Cooperativas Educacionais do estado, o programa “Cooperativa Mirim”, uma associação de alunos que, sob a orientação de um Professor Orientador, se unem voluntariamente visando satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio da vivência e prática do cooperativismo.

Essas cooperativas fundadas são dirigidas e coordenadas pelos próprios alunos da instituição e tem por finalidade o desenvolvimento de competências, hábitos e atitudes por meio de uma prática pedagógica disseminando os princípios do cooperativismo, harmonizando-os aos interesses com a comunidade, na produção de bens ou prestação de serviços, obtendo, por fim, responsabilidades sociais, morais e econômicas dentro e fora do ambiente escolar, com distribuição dos resultados proporcionais entre os membros participantes.

O objetivo é criar cooperativas de estudantes com finalidade educativa, podendo desenvolver atividade econômica, sociais e culturais em benefício dos associados. Em sua essência, buscam formular uma proposta pedagógica com a participação do corpo discente em atividades práticas.

As cooperativas mirins constituem um projeto educativo e está amparado pela lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei 5764/71. Segundo a ECA deve ser assegurado aos jovens: I – Garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; II- Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III – Horário especial para o exercício das atividades.

Resultados esperados: 3 cooperativas mirins formadas até 31 de outubro de 2018 / 60 alunos cooperados nas cooperativas mirins até 31 de outubro de 2018.

O programa está sendo realizado nas Cooperativas:

CEL – Cooperativa Educacional de Linhares:

Coopesg – Cooperativa Educacional de São Gabriel da Palha:

– Cooperação – Cooperativa Educacional de Santa Maria de Jetibá:

O Programa passa por três etapas:

– Etapa 1: capacitação para os professores do projeto com o objetivo de Objetivo é passar aos participantes um panorama do que são as cooperativas escolares, como elas funcionam, como os professores irão trabalhar com os alunos e mostrar o que o Sistema OCB/ES espera. Essa capacitação teve 16 horas e aconteceu em abril;

– Etapa 2: capacitação com as crianças sobre o funcionamento das cooperativas mirins. O objetivo é visitar as escolas participantes do projeto para ter uma conversa e tirar dúvidas dos professores sobre os exercícios da etapa 1 que ficaram para concluir até a etapa 02;

– Etapa 3: Formação dos professores em Cooperativismo e empreendedorismo. E formação dos alunos em oratória e matemática, com o objetivo de capacitar alunos e professores sobre os temas acima citados para que eles apliquem na constituição da Mini Cooperativa.

– Etapa 4: constituição das cooperativas mirins em AGC (Assembleia Geral de Constituição), prevista para a primeira semana de outubro. Está prevista uma cerimônia envolvendo representantes da OCB/ES, SICOOB/ES, Secretaria de educação, Conselho Tutelar, Juizado de menores e cooperativas locais.

Perfil Cooperado: inclusão no Cooperativismo – a solução para uma mãe que só quer ver sua filha se desenvolver!

O “Perfil Cooperado” surgiu com o objetivo de conhecermos mais sobre aquilo que está por trás dos números do Cooperativismo Capixaba, irmos além das questões financeiras e de desenvolvimento do setor e conhecermos mais sobre as pessoas que constroem as histórias de sucesso de cada Cooperativa do ES.

E a história de hoje está particularmente emocionante. Não só por se tratar de uma história de superação, mas acima de tudo por ser uma relação de amor de mãe e filha.

Hoje nós estamos apresentando uma parte da história de vida da Ana Beatriz Covre Zambaldi, dentista, casada, moradora de São Domingos do Norte, cooperada da Coopesg e mãe da Maria Clara, de 13 anos.

Maria Clara possui algumas dificuldades cognitivas e motoras. Nasceu com lesão cerebral e apesar de aparentemente ter vida normal, já passou por diversos problemas de saúde, fez cirurgia para conter crises epiléticas e faz uso de medicamentos diários. Iniciou os estudos como qualquer criança normal, mas só foi incluída na escola aos oito anos de idade, quando entrou para o segundo ano.

Quando perguntamos a Ana Beatriz o motivo de sua filha não ter sido incluída anteriormente, ela disse que na cidade onde moram, as coisas são complicadas. Na cidade só há escola da rede pública e talvez pelo fato de ser um município pequeno onde todos os conhecem, os professores tinham medo de lidar com ela. “Eles não acreditavam que ela tinha um potencial de desenvolvimento, que ela poderia aprender e se tornar alguém na vida. Que poderia ter um desenvolvimento, que por maior que fosse a dificuldade, tinha potencial. Então eles nunca investiram nela”, contou com lágrimas nos olhos.

Ana Beatriz conta que na época, descobriu que a filha tinha direito a uma estagiária para acompanhar na sala de aula. “Levei laudo, briguei por isso e apesar de eles terem colocado a estagiária, ao invés dela incentivar a Maria Clara a fazer as tarefas, quem fazia era a estagiária. Era ela também quem copiava as matérias. E isso mostrava que eles acreditavam que ela não era capaz”, contou.

“Ter direito é diferente de acreditar. Eu lutei, eu briguei e não tinha resposta. E muitas vezes ainda ouvia: Você exige demais, você quer demais. Dá um tempo para ela, as coisas vão acontecer em seu tempo. Só que eu percebia as coisas acontecendo com as outras crianças, mas ela estava ali, parada. Aí que me perguntava o que ela fazia uma tarde inteira na escola sem incentivo? Eu chegava na escola e as vezes ela tinha passado o dia sentada na cadeira, olhando para o quadro sem copiar uma matéria ou fazer qualquer exercício”.

Foram incontáveis as vezes que Ana Beatriz procurava professores e até diretores, mas a resposta que ela tinha era sempre a mesma: “Tudo que é possível está sendo feito, você exige demais da sua filha”. Mas para uma mãe, ouvir isso foi muito difícil.

DECISÃO PELA COOPESG

No início o fato de levar a Maria Clara para São Gabriel da Palha para estudar era bem complicado, por conta do deslocamento. Hoje existe um transporte escolar que faz o trajeto, mas naquele ano, Ana Beatriz foi a primeira.

“Eu fiz esse trajeto durante 4 anos e meio, sozinha. Foram 4 anos e meio de luta, todos os dias levando e buscando. Mas foi tudo muito válido”, afirmou com convicção.

A mãe conta que, quando decidiu levar a filha para a Coopesg, era muito insegura, tinha medo e chorava bastante ao pensar sobre tudo que estava passando, por estar se deslocando e colocando suas vidas em risco diariamente. Ana Beatriz ainda contou que, durante esse tempo, não pode abandonar seu trabalho e ainda havia o agravante da Maria Clara apresentar diversos problemas de saúde.

“Mas o bom disso tudo e o que nunca me fez desistir foi que tive muito apoio da escola. Eles me deixaram segura e receberam a Maria Clara de braços abertos”, emocionou-se.
Ana Beatriz relembra que quando a filha chegou na Cooperativa, no segundo ano, ela mal sabia juntar as sílabas. “Ela lia ba – la, mas não conseguia ler bala. E aqui eles acreditaram nela, sabiam que ela tinha dificuldades, mas acreditaram nela”.

Ela afirma que tudo foi uma questão de crescimento. “Nesse período que ela está aqui, ela tem evoluído muito. Graças a equipe, pois apesar de termos suporte em casa com professora particular, a Coopesg me deu muito apoio. Sempre que eu busco a Cooperativa, que não entendo algo ou preciso esclarecer algum assunto, tenho esclarecimento”.

“No município onde a gente mora, onde ela fez a pré-escola, eu tive apenas uma professora, amiga minha de infância, que acreditou nela. Então o pouco que ela chegou sabendo aqui, ela aprendeu com uma única professora”, desabafou.

MEDO DA REJEIÇÃO

Outro medo que Beatriz tinha era com relação às amizades. “Quando eu a trouxe para cá, ela ainda tinha muita dificuldade motora e salivava bastante. Eu tinha medo da rejeição. Mas isso nunca aconteceu. A socialização dela é muito boa e apesar de ser tímida, esse processo na Coopesg foi algo extraordinário”, lembrou.

Ana Beatriz conta que as vezes conversa com outras mães que tem filhos com dificuldades e muitas contam que os coleguinhas os rejeitam e a escola não dá apoio.

“Mas na Coopesg temos a questão da inclusão muito bem resolvida, tanto por parte dos professores quanto por parte dos alunos. E eu acho que isso tem tudo a ver com o Cooperativismo”, afirmou.

“A minha experiência com o ensino público foi muito ruim, a gente não tem voz. E as mães com as quais converso que tem seus filhos em escolas particulares não cooperativas, me falam sobre um afastamento escola x família. As crianças têm que dar resultado, elas são apenas mais um número e aqui não! A Coopesg é família, é valorização do ser humano”, aponta.

De maneira prática, uma criança que possui deficiência, gera mais transtorno dentro de uma escola, mas na Cooperativa a Maria Clara não é um problema e sim um desafio de crescimento e união.

“Os professores se mobilizam tentando fazer tudo de forma diferente pois estão todos juntos. Uns ajudam os outros e lutam juntos para chegar a um resultado bom. Tudo aqui é mais humano e acredito que está tudo relacionado ao ato de cooperar”, conclui.

Maria Clara tem dificuldades de aprendizagem, acompanha o conteúdo da turma, faz as tarefas do livro, mas as provas são aplicadas com diferencial, é o mesmo conteúdo, trabalhado de maneira diferente, mais simples.

A RELAÇÃO DA FAMÍLIA – PALAVRA DE MÃE

Somos uma família muito unida. E sabemos que fizemos o que devia ser feito. Reconhecemos a importância da escola e do nosso sacrifício ao longo dos anos. Por mais que a criança tenha dificuldades, quando você estimula, ela dá resposta. Mesmo que de forma lenta, ela evolui. Cada um tem seu tempo sim, mas é preciso estimular.

Perfil Cooperado: conheça a história de Yasmin Elias de Souza Kumm

Hoje nós vamos falar da Yasmin Elias de Souza Kumm, natural de Linhares, ela se mudou há alguns anos para Santa Maria de Jetibá e foi no município mais pomerano do ES que Yasmin fincou raízes e está construindo sua história.

Casada com Rodrigo, mãe de uma menina e aguardando a chegada de um novo herdeiro, Yasmin está ansiosa para saber se espera mais uma menina ou um menino para completar sua família. Quem vem por aí eles ainda não sabem, mas uma coisa é certa: ela terá muita história para contar aos seus filhos!

Tudo começou com o sonho de ter seu próprio negócio. E assim que se casou, incentivou o marido, mecânico automotivo, a sair do emprego e abrir uma oficina. E assim ele fez. À época, Yasmin era funcionária de um outro local e o marido começou trabalhando sozinho, apenas com a ajuda da irmã de Yasmin.

A oficina era pequena e nela permaneceram por dois anos. Algum tempo depois, Yasmin saiu do emprego e começou a trabalhar com o marido. Eles foram para um local maior, começaram a investir na oficina e até compraram um equipamento de alinhamento. A opção para conseguirem adquirir a máquina, foi pelo preço, mas infelizmente não deram sorte.

O aparelho chegou com defeito, seu marido não se adaptou e o que era para ser uma solução, virou um grande problema. O equipamento era financiado e como não estava gerando retorno, começaram as dificuldades financeiras.

Com o tempo a situação foi piorando, as parcelas estavam atrasadas e então ocorreu o que já esperavam: o financiador bateu à porta. Mas ao contrário do que imaginavam que iria acontecer, o motivo da procura não foi cobrança e sim, oferta de ajuda. Isso mesmo, o Sicoob Centro Serrano, diferente dos bancos, enviou um funcionário para entender o que estava ocorrendo.

Yasmin explicou toda a situação e poucos dias depois foi convidada pela Cooperativa a participar de um curso de gestão, planejamento e administração, oferecido em parceria com o Sebrae e o Sistema OCB/ES.
“Eu não sou formada em ensino superior, tenho até o médio. Meu esposo até a quarta série e ainda estamos aprendendo como administrar uma empresa. O curso me deu muitas ideias de como vender, como cobrar e tocar nosso negócio. Foram aproximadamente 2 meses de curso, que mudaram nosso negócio”, contou Yasmin.

Ela conta o curso oferecido pelo Sicoob abriu sua mente e ajudou muito em sua empresa. “A Cooperativa viu potencial em nós, renegociou nossa dívida e nos ajudou a alavancar nossa oficina novamente. Um banco comum não faz isso. Eles não lidam diretamente com a gente, não nos enxergam como pessoas e muito menos nos oferecem cursos ou qualquer tipo de aprendizado”, enfatizou.

Yasmin veste a camisa do Cooperativismo em todas as ocasiões! Sua filha Cecília, de seis anos, estuda na Escola Cooperação (Cooperativa Educacional) e além do Sicoob, já foi cooperada da Coope-Transerrana (Cooperativa de Transporte), e o relacionamento que criaram foi tão forte que hoje a Cooperativa é a maior cliente da oficina.

O Sicoob é na vida de Yasmin um grande parceiro, que estimula a crescer. Depois que a Cooperativa cruzou seu caminho, muita coisa que estava desorganizada, melhorou. Yasmin vendeu a crise na empresa e adquiriu bens como carro próprio para ela e para seu marido. E realizada, há exatamente três semanas entrou com o pé direito em sua casa própria!

Celebrações do movimento Dia de Cooperar no Espírito Santo serão realizadas nos dias 29 e 30 de junho

Com o intuito de realizar projetos transformadores em vários municípios do país, diversas cooperativas desenvolvem o Dia de Cooperar, um movimento nacional que estimula o desenvolvimento das comunidades brasileiras. Nos próximos dias 16, 29 e 30/06, essas cooperativistas e voluntários se reúnem às suas equipes e voluntários, para comemorar o avanço desse movimento.

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