
O artigo do post 1.964 é de autoria do nosso amigo, mestre e Guru da Qualidade, Claudius D’Artagnan e neste momento super especial abrimos nossa publicação com um registro magnífico. Vejam esta importante homenagem a seguir.
No ultimo dia 22/01, durante a solenidade de formatura de diversos cursos na Unifatea, dentre eles o de Administração, o Professor Claudius D’Artagnan foi agraciado com duas honrosas homenagens. Uma delas outorgada pelos próprios formandos do curso de Administração, que lhe concederam a láurea de “Professor Homenageado”. Também durante o evento, o Prof. D’Artagnan, membro da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ, recebeu o Prêmio “Mérito Acadêmico”, facultado pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo.
Em seguida a esta importante e emocionante homenagem e reconhecimento profissional vamos ao recente artigo que D’Artagnan nos enviou, contribuindo para a nossa caminhada ao POST N. 2000 do nosso Blog Gestão e Resultados.
“No mundo corporativo – à guisa de um planejamento robusto – nem sempre é possível interver todas as variantes holísticas no conturbado cenário empresarial, razão direta da profusão de informações que nos cercam, tornando desafiador identificar as oportunidades, riscos e tendências que garantam – minimamente, uma gestão isenta de atropelos e de decisões assertivas. A análise de cenário é uma prática vital para as organizações. Em seus primórdios na década de 1970, a motivação para sua aplicação como instrumento do planejamento estratégico com base em diagnóstico, era circunscrita – essencialmente, a fatores econômico-financeiros. Não obstante, a prática demonstrou que outros cenários coexistentes ofereciam uma visão mais eclética do mercado, cujas variáveis indicavam um spoiler, como importante subsídio na construção de um plano de contingências com vistas ao desempenho organizacional, por conseguinte, melhorando a competitividade dos produtos (bens e serviços).
Pensando numa estratégia eficaz que anteveja cenários externos, a recomendação é a análise PESTEL (metodologia desenvolvida originalmente pelo professor Francis J. Aguilar (1932-2013) da Harvard Business School). Trata-se de um acrônimo representado por seis fatores de mapeamento do ambiente tópico, considerados impactantes na construção de um plano estratégico, permitindo que organizações dos mais variados gêneros, de sociedade simples ou anônima, se antecipem no processo de potencialização para tomada de decisões que venham assegurar a sustentabilidade e uma boa performance dos negócios.
Cada letra do acrônimo representa uma perspectiva específica que pode interferir sobremaneira nas decisões e na missão da empresa. Elas identificam os seguintes cenários: Político, Econômico, Social, Tecnológico, Ecológico e Legal. Não obstante, é oportuno ponderar que a adição do “+P”(cenário Pandêmico) ao acrônimo PESTEL, é de minha autoria e refere-se a um vetor de ordem temporal, transitório, relacionado a um recente contexto global – a Pandemia de covid. Suas consequências – à época, redundaram num ambiente de ansiedade, estresse e incerteza, cujos reflexos interferiram sobremaneira nas estruturas e na dinâmica das relações empresariais e interpessoais. Isso nos conduz a um estado de alerta, pois não há como descartar a probabilidade de uma nova crise sanitária e que – a meu ver, justifica a adoção de ações protetivas, ou seja, aquelas adotadas previamente de forma a amenizar os efeitos caso o problema volte a ocorrer. Assim, a combinação dessas sete dimensões de cenário propostas na metodologia PESTEL+P, representam cenários externos e, em especial, a influência dos fatores macroeconômicos do mercado, que são relevantes para gestão das empresas.
Convido você leitor para uma breve reflexão sobre cada um dos cenários externos da análise PESTEL+P e sua influência sobre as decisões gerenciais.
São eles:

Cenário Econômico: As tendências econômicas são fundamentais para a estruturação da análise PESTEL+P. Variáveis como taxa de juros, comportamento dos índices de inflação (mormente os de prognóstico futuro) e flutuação das taxas de câmbio, têm impacto direto nos 
Cenário Social: A compreensão da dinâmica social no âmbito dos valores da cultura regional, aspectos da diversidade, processos educativos, novas condições de trabalho e quartis de remuneração, são alguns dos aspectos essenciais e que devem ser considerados para o alinhamento das estratégias da empresa aos anseios de seus colaboradores. Ao antecipar esses fatores, as organizações terão a oportunidade de ajustar as políticas em relação a gestão de sua força de trabalho; bem como, as práticas das políticas sociais com foco no cumprimento responsável das exigências de Compliance, incluindo neste escopo o Código de Ética, que fortalecerá a conexão entre a empresa e seus stakeholders.

Cenário Ecológico: As mudanças climáticas e seus impactos mostram-se cada vez mais evidentes. É preciso compreender e interpretar as políticas de sustentabilidade e as 
Cenário Legal: A dimensão legal na análise de cenário, diz respeito as mudanças nas leis e regulamentações que venham a afetar as operações de uma empresa. Isso abrange desde regulamentações trabalhistas até questões relacionadas à propriedade intelectual e mesmo, à concorrência. Ao antecipar esses fatores legais, as organizações ficarão incólumes a possíveis penalidades e prejuízos. A compreensão do ambiente legal permite identificar possíveis oportunidades de parcerias estratégicas alinhadas as normativas vigentes. Ficar em conformidade com as leis (ou em Estado de Compliance), é essencial para mitigar riscos legais e conduzir um planejamento estratégico adaptável às dinâmicas jurídicas em constante evolução.


Na foto, registro histórico da participação do amigo D’Artagnan no Congresso da ABRH em Natal no Rio Grande do Norte, acompanhado pelo amigo e editor da Qualitymark Editora, Saidul Mohamed, em data próxima a 2009.
