Economia

Bolsonaro deve aproveitar popularidade para aprovar reforma em 2019, diz Ipea

Bolsonaro deve aproveitar popularidade para aprovar reforma em 2019, diz Ipea Bolsonaro deve aproveitar popularidade para aprovar reforma em 2019, diz Ipea Bolsonaro deve aproveitar popularidade para aprovar reforma em 2019, diz Ipea Bolsonaro deve aproveitar popularidade para aprovar reforma em 2019, diz Ipea

O governo deve aprovar ainda em 2019 a reforma da Previdência, aproveitando a popularidade mais alta do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em seu primeiro ano de mandato, como acontece tradicionalmente, afirmou nesta quinta-feira, 20, o diretor-adjunto de Macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marco Antonio Cavalcanti.

“À medida que o tempo passa, fica mais difícil aprovar a Reforma da Previdência e cresce o custo para o País”, disse o economista, após apresentar as projeções do Instituto para este ano e para os próximos.

Proposta de Temer

Para o Ipea, a reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer ao Congresso Nacional não será suficiente para resolver o problema fiscal do País. “Mesmo com a reforma da Previdência nos moldes em que se encontra hoje no Congresso, o cumprimento do teto exigiria medidas adicionais”, afirmou o diretor de Macroeconomia do instituto, José Ronaldo de Castro.

Segundo o economista, o governo ainda tem margem para reduzir gastos, utilizando “diferentes combinações” de medidas. Como exemplos de alternativas de corte, ele cita a adoção de “outra reforma da previdência, que gere mais economia” às contas públicas.

Além disso, propõe mudanças na regra de abono salarial, para limitar o benefício aos trabalhadores que receberam até um salário mínimo no período de referência e alterações na regra de correção do salário mínimo.

Castro destaca ainda que “a reforma da Previdência em termos de gastos com servidores terá mais impacto nos Estados e municípios”. O Ipea propõe que a reforma aborde os regimes próprios das duas instâncias de governo.

“A questão fiscal continua sendo o nó que aprisiona a economia brasileira na atual armadilha de baixo crescimento e o principal desafio de política econômica a ser enfrentado nos próximos anos”, traz a Carta de Conjuntura relativa ao quarto trimestre deste ano, divulgada nesta quinta.