Economia

Brasil seguirá tendo déficit crescente, avalia CIO da XP

Brasil seguirá tendo déficit crescente, avalia CIO da XP Brasil seguirá tendo déficit crescente, avalia CIO da XP Brasil seguirá tendo déficit crescente, avalia CIO da XP Brasil seguirá tendo déficit crescente, avalia CIO da XP

O CIO da XP, Arthur Wichmann, prevê que os gasto públicos seguirão crescendo no Brasil ao longo do segundo semestre, mas que apesar de o aumento trazer preocupações fiscais, também traz oportunidades e eleva o prêmio de risco de alguns ativos.

“O que parece é que a gente vai ter déficits ainda significativos, o que significa que você tem uma dívida/PIB crescente e deveria ter prêmios de risco crescentes, porque você está aumentando o seu endividamento”, disse Wichmann, durante a apresentação do relatório “Onde Investir: 2º Semestre de 2024”, elaborado pela equipe de análise da XP Investimentos.

“Ao longo do segundo semestre a gente espera uma convergência gradual da inflação norte-americana para a meta, o que faz com que a gente possa vislumbrar um Banco Central norte-americano cortando os juros no final do ano”, afirmou o CIO para quem isso, junto com a performance “super favorável” da balança comercial brasileira, quer dizer que o mundo vai ser relativamente aprazível para o Brasil. “Não vai ser um mundo que vai determinar a grande precificação dos ativos brasileiros. O que vai determinar a precificação dos ativos brasileiros vão ser nossas escolhas de política macroeconômica, especialmente no que tange a política fiscal”, acrescenta.

Diante do cenário atual, Wichmann mantém a preferência por renda fixa, especificamente renda fixa ligada à inflação. “Os títulos IPCA+ tem sido aquilo que a gente tem preferido. Está podendo investir em títulos públicos federais, NTNB, IPCA+ 6,4%. Historicamente, quando se investe em IPCA+, 6,4%, se tem retornos positivos, e acima do CDI”, explica.

Wichmann lembra ainda que o maior distribuidor de valor dos portfólios tem sido a inflação e, diante de um cenário com fiscal mais difícil no Brasil, que pode resultar em uma desancoragem das expectativas de inflação, a melhor proteção para o portfólio segue sendo ativos de renda fixa atrelados à inflação.

“A Bolsa está barata, tem ótimas empresas no Brasil baratas, mas quando você compara isso com os títulos de renda fixa, a comparação já fica um pouco mais difícil. Ou seja, a Bolsa em termos absolutos está barata, mas em termos relativos, a gente continua preferindo os títulos de IPCA+”, afirma.