Economia

Brasil vem adotando os ajustes necessários, diz economista do Banco Mundial

Banco prevê que o PIB nacional terá contração de 0,7% neste ano, após ficar praticamente estável em 2014. O Brasil aparece na lista das nações latino-americanas com choque mais negativo

Brasil vem adotando os ajustes necessários, diz economista do Banco Mundial Brasil vem adotando os ajustes necessários, diz economista do Banco Mundial Brasil vem adotando os ajustes necessários, diz economista do Banco Mundial Brasil vem adotando os ajustes necessários, diz economista do Banco Mundial
Para o Banco Mundial “o Brasil está fazendo o que tem de fazer” Foto: ​Divulgação

Washington – O Brasil vem adotando os ajustes necessários para lidar com o novo quadro econômico, avalia o Banco Mundial. “O Brasil está fazendo o que tem de fazer”, afirmou nesta quarta-feira, 15, o economista-chefe para América Latina e Caribe do órgão, Augusto de la Torre.

Segundo ele, o País adota a estratégia de readequar seus padrões macroeconômicos de gastos às novas condições, fazendo um esforço grande e necessário para que o investimento tenha papel mais importante do que o consumo. “Não é fácil, porque para isso é preciso atrair os investidores internacionais e locais.”

Torre avalia que o Brasil é um caso emblemático na América Latina, pois passou por uma forte onda de crescimento puxada por consumo, e não pelos investimentos – como ocorreu com Chile, Colômbia e Peru, por exemplo. “O País esgotou o motor de crescimento antes dos outros.”

O Banco Mundial prevê que o PIB nacional terá contração de 0,7% neste ano, após ficar praticamente estável em 2014. O Brasil aparece na lista das nações latino-americanas que passam por choque mais negativo neste momento. A flexibilidade cambial, entretanto, pode ajudar a mitigar efeito de contração do ajuste fiscal.

Torre disse esperar que o País trate dos atuais problemas de escândalos de forma crível. “Se fizer isso bem, deixará a sensação de que é um país maduro, com instituições sérias, que sabe como administrar problemas de ilegalidade ou escândalos”, afirmou. “Ao invés de ser um fator contra, pode ser a favor.”

Falando de forma geral sobre a corrupção na América Latina, o economista-chefe afirmou que outros países que cresceram muito também se depararam com esse problema, inclusive os Estados Unidos. “É limitante, mas não é uma barreira intransponível para crescer. E não significa que não deve ser combatido.”