Economia

Brasil vive choque inflacionário importante, sem sinal de hiperinflação, diz FMI

Brasil vive choque inflacionário importante, sem sinal de hiperinflação, diz FMI Brasil vive choque inflacionário importante, sem sinal de hiperinflação, diz FMI Brasil vive choque inflacionário importante, sem sinal de hiperinflação, diz FMI Brasil vive choque inflacionário importante, sem sinal de hiperinflação, diz FMI

Nova York – O Brasil passa por choque inflacionário importante, mas a alta de preços não aponta para a hiperinflação, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, 22, o diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, reforçando que o Brasil precisa prosseguir com o ajuste na economia para restaurar a confiança dos agentes e a credibilidade na melhora das contas do governo.

Werner evitou comentar a decisão do Banco Central esta semana de manter juros e disse que o mais importante é a coordenação da política fiscal e monetária e que o governo dê “sinais claros” de que as finanças públicas estão em trajetória de estabilização.

A recessão mais forte do que o inicialmente previsto no período 2015/2016 indica a urgência de restabelecer a certeza de que haverá controle das contas do governo, do crescimento da dívida pública e prosseguir com o ajuste fiscal, disse ele. “Hoje vemos que isso ainda não foi restabelecido”, afirmou.

O diretor do FMI disse que é essencial um ajuste tanto pelo lado da receita como do gasto público, mas frisou que tem havido clara pressão sobre as despesas do governo e, por isso, o ajuste precisa pender mais para o lado do gasto.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sinalizou que o ajuste fiscal vai continuar no médio prazo, ressaltou Werner. “Mas claramente os detalhes são muito importantes e teremos que conhecer”, completou. Para ele, é fundamental que se resolva a turbulência política e o Congresso aprove as medidas fiscais, de modo a dar credibilidade ao ajuste na economia.

“O Brasil passa por situação muito complexa”, disse Werner, ressaltando que se não fosse a recessão no país, a América Latina teria crescimento positivo, mesmo que em nível baixo. O FMI projeta que a região vai encolher 0,3% em 2016, o segundo ano consecutivo de contração.