Economia

Brexit pode ajudar agricultura, mas Brasil perde apoiador na UE, diz MacroSector

Brexit pode ajudar agricultura, mas Brasil perde apoiador na UE, diz MacroSector Brexit pode ajudar agricultura, mas Brasil perde apoiador na UE, diz MacroSector Brexit pode ajudar agricultura, mas Brasil perde apoiador na UE, diz MacroSector Brexit pode ajudar agricultura, mas Brasil perde apoiador na UE, diz MacroSector

Ribeirão Preto – A saída do Reino Unido da União Europeia (UE), conhecida como “Brexit”, pode ajudar as exportações da agricultura brasileira, na avaliação do sócio e diretor da MacroSector Fabio Silveira. Segundo ele, a agropecuária inglesa é pequena e o Brasil pode ampliar as vendas externas ao Reino Unido, sem a pressão de outros países agrícolas da UE, como a França.

“A Inglaterra é uma potência financeira, mas a agricultura é fraca, o que é bom pra o Brasil, pois a saída favorece um acordo bilateral com a Inglaterra. Por outro lado, a Inglaterra é uma das apoiadoras da aproximação do Mercosul com a União Europeia, defensora do livre comércio, e vai ser ruim para o País perder esse apoio”, disse Silveira.

Segundo o economista, o Reino Unido e a Inglaterra, em particular, devem buscar a formação de um bloco comercial com os Estados Unidos após a saída da UE, num movimento chamado por Silveira de “sinal trocado”, já que os norte-americanos são ex-colônias dos ingleses. “Prevaleceu entre os ingleses a mentalidade de ontem, com a perspectiva de anteontem e um sinal trocado. Os ingleses preferirão fundar bloco com os Estados Unidos, rejeitando a questão histórica e a integração com a Europa”.

Esse possível bloco entre Inglaterra e Estados Unidos seria prejudicial ao Brasil, já que os ingleses dariam preferência, na avaliação do sócio da MacroSector, ao comércio com produtos norte-americanos.

Ainda segundo Silveira, o cenário de curto prazo será marcado por volatilidade, mas apenas por conta de uma reacomodação do fluxo de capital diante da decisão do Reino Unido.

“Reposicionamento com Brexit é diferente de crise causada pela Grécia no passado, por exemplo. Não há ameaça de um colapso financeiro, com a possibilidade de quebras de bancos”, disse. “É possível que o BC inglês suba juros para fortalecer a libra, mas dentro desse movimento de reacomodação”, concluiu.