Economia

Câmara pode votar mudanças feitas no Senado sobre ICMS ainda hoje, diz Lira

Câmara pode votar mudanças feitas no Senado sobre ICMS ainda hoje, diz Lira Câmara pode votar mudanças feitas no Senado sobre ICMS ainda hoje, diz Lira Câmara pode votar mudanças feitas no Senado sobre ICMS ainda hoje, diz Lira Câmara pode votar mudanças feitas no Senado sobre ICMS ainda hoje, diz Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira, em entrevista à CNN, que o projeto de lei que limita as alíquotas Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo pode ser votado ainda nesta terça-feira, 14, na Câmara dos Deputados. Segundo o presidente, ele se reuniu pela manhã com líderes da oposição e com líderes da base para analisar as alterações propostas pelo Senado ao texto.

“Nós vamos nos debruçar sobre as alterações que o Senado fez, e decidiremos se vamos mantê-las ou rejeitá-las, e a partir daí vai para o presidente da República para sanção”, disse Lira.

O tema tem o olhar do Planalto, que tem buscado soluções para diminuir o preço do combustível e energia, visto como um dos temas que prejudica o projeto de reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a quem Lira é aliado.

Entre os destaques que devem ser analisados, está o que garante os pisos constitucionais da saúde e da educação e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Sobre os temas, Lira afirmou que não está prevista a diminuição de arrecadação em nenhum Estado. “O que houve na realidade com essa contenção, de tornar esses bens essenciais, é que as arrecadações não cresçam exponencialmente em cima da população”, disse. “Não haverá nenhum comprometimento de recurso para saúde e educação, isso é uma versão criada pelos governadores e pelos seus secretários para arrefecer uma mudança que vai contribuir e muito com as pessoas mais vulneráveis”, criticou, sem deixar claro se o destaque será aprovado ou não.

Defesa da PEC

Em defesa pela aprovação célere da PEC dos Combustíveis, o presidente da Câmara disse ainda que, assim que o projeto for ao plenário, o resultado da Casa será favorável. “Se nós nos detivermos, em um momento como esse, a questão política em detrimento da população, vai ser uma perda de tempo”, comentou.

Lira reforçou ainda que o tema não é eleitoral, “mas vital para o combate à inflação no Brasil”. A PEC compensaria parcialmente Estados que aceitarem ir além do teto aprovado e zerar o ICMS do diesel, do gás de cozinha (GLP) e do gás veicular, além de reduzir a alíquota do etanol para 12%.

Na entrevista à CNN, Lira também comentou as críticas ao projeto, visto como um alívio a curto prazo, já que a compensação para os Estados está prevista somente até dezembro de 2022. “Quando nós colocamos a compensação até dezembro é porque até dezembro você vai ter uma ideia se vai ter uma diminuição de arrecadação ou não”, justificou.

O presidente da Câmara afirmou ainda que o texto pode ter vetos presidenciais em algumas compensações, mas que o Congresso analisaria novamente esses vetos.

Ele defendeu ainda que com a PEC haverá “um aquecimento da economia, um maior consumo, uma menor sonegação, e uma maior arrecadação”.