Economia

Câmbio alivia inflação do atacado, mas quadro pode não durar, diz FGV

Câmbio alivia inflação do atacado, mas quadro pode não durar, diz FGV Câmbio alivia inflação do atacado, mas quadro pode não durar, diz FGV Câmbio alivia inflação do atacado, mas quadro pode não durar, diz FGV Câmbio alivia inflação do atacado, mas quadro pode não durar, diz FGV

Rio – O menor impacto da alta do dólar seguiu atuando sobre os preços do atacado no início do mês, contribuindo para desacelerar a primeira prévia de junho do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que avançou 0,47% ante 0,51% na primeira prévia de maio. “O IPA (que mede os preços no atacado) teve uma desaceleração considerável. Na primeira prévia, o IPA contrabalançou outras altas”, afirmou Salomão Quadros, superintendente adjunto da Superintendência de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 0,35%, em comparação com a alta de 0,56% na primeira prévia de maio. Segundo Quadros, há sinais de que a desaceleração da inflação no atacado não será duradoura. Um dos exemplos é o preço da soja como matéria-prima bruta da agropecuária, que ainda está registrando deflação de 1,07%, mas em ritmo inferior ao da primeira prévia de maio, quando os preços caíram 4,05%.

Já nos preços ao consumidor, não há alívio. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,60% na leitura anunciada hoje mais cedo, após subir 0,47% no mês passado. Segundo Quadros, o movimento foi puxado pelos preços dos alimentos in natura, como o tomate, que já inflaram o IPCA de maio, anunciado na quarta-feira, e pelo efeito defasado do câmbio nos alimentos processados.