Economia

Capixabas mudam hábitos para amenizar impactos da alta no preço dos combustíveis

A diminuição no consumo mostra como a economia é dependente do combustível. Especialmente no Espírito Santo, que é rota logística de transporte de cargas

Capixabas mudam hábitos para amenizar impactos da alta no preço dos combustíveis Capixabas mudam hábitos para amenizar impactos da alta no preço dos combustíveis Capixabas mudam hábitos para amenizar impactos da alta no preço dos combustíveis Capixabas mudam hábitos para amenizar impactos da alta no preço dos combustíveis
A diminuição no consumo revela que a economia do Es é dependente do combustível Foto: Folha Vitória

O preço dos combustíveis disparou nos últimos meses e está pesando no bolso dos capixabas. No Espírito Santo o consumo já diminuiu mais de 14% e os consumidores estão mudando os hábitos para conseguir abastecer. Atualmente o valor do litro da gasolina, por exemplo, pode chegar a R$ 3,69 em alguns postos na Grande Vitória. 

O empresário e publicitário Marcos Bermudes mudou a sua rotina de consumo. Há três meses ele percebeu que não dava mais para gastar R$ 150 por semana para abastecer seu veículo. Para ele, o jeito foi se adaptar.

“Eu troquei a gasolina pelo álcool e as visitas aos clientes por ligações telefônicas. A gente consegue diminuir uma média de três ou quatro visitas para uma. Com isso gasto entre R$ 80 e R$ 90 no máximo e espero diminuir ainda mais”, afirmou o empresário.

Esta atitude não é exclusiva do empresário. Essa tem sido a reação dos capixabas à disparada dos preços de combustíveis. A gasolina aumentou mais de 10% em um ano, já o etanol 15% e o diesel mais de 7%.

A diminuição no consumo mostra como a economia é dependente do combustível. Especialmente no Espírito Santo, que é rota logística de transporte de cargas. 

Segundo o economista Rudisom Rodrigues, a partir do momento em que a gasolina, o etanol e até o diesel estão mais caros, qualquer outra atividade também encarece, como uma reação em cadeia, dos serviços ao comércio. 

“Quando o empresário vai marcar o preço do produto, ele considera justamente os insumos que compõem esse produto. E o transporte, através da gasolina ou do diesel é um desses insumos, aliás, é um dos principais insumos. É um dos itens fundamentais para a formação de preços e consequentemente para a inflação média dos produtos aqui no Brasil e no Espírito Santo também”, disse.