Economia

Casa Branca não vê fator gerador de inflação que Fed não possa controlar

No mês passado, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,8% na comparação com março e 4,2% em relação a igual período do ano passado

Casa Branca não vê fator gerador de inflação que Fed não possa controlar Casa Branca não vê fator gerador de inflação que Fed não possa controlar Casa Branca não vê fator gerador de inflação que Fed não possa controlar Casa Branca não vê fator gerador de inflação que Fed não possa controlar
Foto: Reprodução

A presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, Cecilia Rouse, afirmou nesta sexta-feira (14) que não há fatores estruturais na economia dos Estados Unidos que possam causar uma inflação que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não consiga controlar. Durante uma coletiva de imprensa, ao ser questionada sobre o salto da inflação em abril, Rouse disse que é importante focar nas tendências, e não nas oscilações semanais ou mensais dos indicadores macroeconômicos. “Nesta fase da recuperação, será difícil prever dados”, declarou.

No mês passado, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,8% na comparação com março e 4,2% em relação a igual período do ano passado. A previsão era de avanço de 0,2% e 3,6%, respectivamente.

Na entrevista, Rouse lembrou que boa parte da alta da inflação em abril foi causada por um salto nos preços de casos usados. Na avaliação dela, isso ocorreu devido à restrição de oferta causada pela falta de semicondutores combinada com o aumento de demanda.

“Esperamos que a demanda supere a oferta por algum tempo, à medida que a economia reabre”, afirmou a presidente do Conselho de Consultores Econômicos. De acordo com ela, a situação só seria preocupante se a inflação estivesse desancorada.

Ao lembrar que ainda há 8 milhões de desempregados no país a mais do que no período anterior à pandemia, Rouse disse que ainda há um “longo caminho pela frente” na recuperação econômica.

Rouse também negou que a causa da criação de empregos abaixo do esperado em abril no país sejam os benefícios de seguro-desemprego fornecidos pelo governo. De acordo com ela, a decisão de entrar no mercado de trabalho “complicada” neste momento devido às preocupações sanitárias.