Economia

Cebds cobra 'inescapáveis investimentos' de mineradoras para melhorar gestão de riscos

De acordo com o conselho é necessário, entre outras medidas, que a Vale empregue todos os esforços no auxílio a todas as vítimas diretas e indiretas da tragédia de Brumadinho

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Foto: Divulgação/PMMG

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) afirmou em nota de solidariedade às vítimas de Brumadinho que a indústria que utiliza minerais não deve medir esforços para alcançar um novo patamar de gestão de riscos e impactos. Em nota divulgada nesta quarta, 30, a entidade, que tem a Vale entre suas associadas, alerta que para atingir a melhoria dos processos serão necessários “inescapáveis investimentos”.

“A decisão (sobre investimentos) é técnica, econômica e, sobretudo, humana e social”, destaca o Cebds, que tem como associados os 60 dos maiores grupos empresariais do país com faturamento equivalente a cerca de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos.

“Nos solidarizamos com as famílias das vítimas de Brumadinho e nos colocamos lado a lado a todas as instâncias da sociedade que possam vir a contribuir para que novas tragédias como essa não voltem a ocorrer”, afirma em nota. “É imperativo que sejam tomadas todas as medidas cabíveis urgentemente para resolver a situação de centenas de barragens em condições semelhantes às de Mariana e Brumadinho, com a realização de inspeções nas documentações e auditorias realizadas”, completou.

De acordo com o conselho é necessário, entre outras medidas, que a Vale empregue no curto, médio e longo prazos todos os esforços – humanos, financeiros, logísticos, de comunicação – no auxílio a todas as vítimas diretas e indiretas da tragédia de Brumadinho; mapeie da forma mais rápida, consistente e multilateral possível todos os impactos sociais, ambientais e econômicos do rompimento da barragem do Córrego do Feijão; e apure todas as instâncias competentes, com todo o rigor, as responsabilidades diretas e indiretas pelo ocorrido.

“A fim de evitar que novas tragédias ocorram é fundamental que todas as esferas dos governos federal, estaduais e municipais, da sociedade civil organizada e academia envidem esforços na busca de soluções socioambientais”, ressalta o Cebds, que se compromete a continuar acompanhando de perto o caso de Brumadinho para buscar “a melhor forma de contribuir para que incidentes semelhantes jamais se repitam”.

A barragem de Brumadinho se rompeu na última sexta-feira, 25, e pode ter provocado a morte de centenas de pessoas. Até o momento, foram encontrados 84 corpos, mas 276 pessoas continuam desaparecidas, após cinco dias da ocorrência.