Economia

Centrais pedem posicionamento do TCU contra atrasos em pagamentos da Petrobras

Centrais pedem posicionamento do TCU contra atrasos em pagamentos da Petrobras Centrais pedem posicionamento do TCU contra atrasos em pagamentos da Petrobras Centrais pedem posicionamento do TCU contra atrasos em pagamentos da Petrobras Centrais pedem posicionamento do TCU contra atrasos em pagamentos da Petrobras

Brasília – O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e representantes de outras centrais de trabalhadores se reuniram na tarde desta terça-feira, 10, com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. Os sindicalistas buscam uma solução para os atrasos no pagamento de salários e benefícios de trabalhadores que atuam em obras da Petrobras.

Com o desenrolar da Operação Lava Jato, a estatal suspendeu pagamentos de contratos a empresas citadas nas investigações. Como resultado, os trabalhadores das obras envolvidas deixaram de receber. Muitos que foram demitidos também não tiveram a rescisão paga.

De acordo com Torres, cerca de 20 mil pessoas em todo o País se encontram nessa situação, 6 mil somente no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), empreendimento com cronograma atrasado e suspeitas de superfaturamento.

Os sindicalistas sugerem que a estatal faça os pagamentos diretamente aos empregados, já que o dinheiro não pode ser repassado às empreiteiras. “O TCU pode fazer uma recomendação para que a Petrobras faça isso”, ressaltou Torres, antes de dizer que a estatal não tem facilitado as negociações. “A Petrobras está fugindo das negociações. Nas reuniões com o governo, a Petrobras não aparece. Vamos ver como vai ser com o novo presidente”, disse.

Na opinião do sindicalista, sendo a empresa inidônea ou não, “o trabalhador já produziu, é preciso achar uma saída”. Segundo ele, o presidente do TCU se comprometeu a fazer uma reunião colegiada após o carnaval para decidir qual será o procedimento.

Também participaram do encontro representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Nesta terça, o grupo também vai ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tratar do mesmo tema, e ao Congresso Nacional, onde discutem a anulação das medidas provisórias que mudaram regras trabalhistas e previdenciárias.