Economia

China conseguiria conter crise imobiliária, diz Moody's

China conseguiria conter crise imobiliária, diz Moody’s China conseguiria conter crise imobiliária, diz Moody’s China conseguiria conter crise imobiliária, diz Moody’s China conseguiria conter crise imobiliária, diz Moody’s

São Paulo – Uma crise no setor imobiliário da China seria gerenciável, avaliou a Moody’s. O cenário base da agência de classificação de risco prevê apenas uma modesta desaceleração no mercado imobiliário, mas dado que há um risco de piora nessa estimativa, a Moody’s elaborou um novo relatório com dois cenários mais pessimistas.

No primeiro deles, o volume de vendas de imóveis cai 10% neste ano e no próximo, algo que já foi visto em outros ciclos de desaceleração. No segundo cenário, há uma queda nas transações ao mesmo tempo em que os preços dos imóveis recuam 10%, algo que tipicamente não aconteceu nos ciclos anteriores de baixa.

Nos dois cenários, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seria afetado em 1,5 a 2 pontos porcentuais, projetou a Moody’s, acrescentando que esse impacto ocorreria por causa do enfraquecimento da cadeia de oferta, prejudicando construtoras, metalúrgicas e o setor de máquinas. O efeito seria negativo para o crédito desses setores, disse.

No entanto, Michael Taylor, um dos diretores-gerentes da agência de classificação de risco, explicou que o governo de Pequim responderia a qualquer ameaça de esse cenário se materializar. Para ele, o governo tem espaço para implementar medidas de estímulos sem prejudicar o rating soberano da China.

A Moody’s prevê, no cenário base, que o crescimento do PIB se manterá na faixa de 6,5% a 7,5%. Para conter essa eventual desaceleração em decorrência de uma crise no setor imobiliário para um crescimento entre 5,5% a 6%, a Moody’s estima que a dívida do governo subiria para apenas 19% do Produto Interno Bruto (PIB), de 16%. “O rating soberano continuaria resiliente a um aumento na dívida do governo dessa magnitude”, acrescentou.

No entanto, a agência de classificação de risco reconheceu que as estimativas contêm uma margem de erro, em particular com relação às implicações do uso de propriedades como garantia pelos bancos e pela ligação entre imóveis e o setor bancário paralelo. Essas questões são incertas e podem resultar em impactos econômicos maiores que aqueles previstos nos dois cenários, alertou a Moody’s.