Economia

Chuva atípica pressionou inflação da alimentação no domicílio no 1º tri, diz BC

O BC cita a ação atípica do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento na região oceânica do Pacífico Equatorial

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Foto: Reprodução

O Banco Central (BC) apontou, em um dos boxes do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, 27, que chuvas atípicas entre janeiro e março pressionaram a alta de 4,34% nos preços da alimentação no domicílio no primeiro trimestre de 2019. Segundo o BC, a precipitação atípica foi responsável por 1,50 ponto porcentual desse subgrupo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no trimestre inicial deste ano.

A média de 2000 a 2018 de alta para a inflação da alimentação no domicílio é de 2,5% para um primeiro trimestre, mas superou 5% em 2013 e em 2016.

O BC cita a ação atípica do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento na região oceânica do Pacífico Equatorial e que traz para o Brasil temperaturas mais altas, excesso de chuvas no Sul e Sudeste e estiagem no Norte e Nordeste.

Dados de precipitação evidenciaram chuvas acima da média no Nordeste em março; abaixo da média no Sudeste em janeiro e março; e alternância entre excesso e escassez de precipitação na região Sul em janeiro e fevereiro. “No primeiro trimestre deste ano, portanto, as anomalias de precipitação não seguiram o padrão de outras ocorrências de El Niño”, mas “choques de clima passaram novamente a contribuir para elevação da inflação de alimentos. Dessa vez, no entanto, o impacto do El Niño nos preços foi muito inferior ao estimado em 2016, refletindo a ocorrência de um fenômeno fraco a moderado”, informou o BC.