Economia

Clima econômico na América Latina cai 5,2 pontos no tri até abril, diz FGV

Clima econômico na América Latina cai 5,2 pontos no tri até abril, diz FGV Clima econômico na América Latina cai 5,2 pontos no tri até abril, diz FGV Clima econômico na América Latina cai 5,2 pontos no tri até abril, diz FGV Clima econômico na América Latina cai 5,2 pontos no tri até abril, diz FGV

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuou 5,2 pontos na passagem do trimestre encerrado em janeiro para o trimestre encerrado em abril, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.

Segundo a FGV, a queda do ICE no trimestre até abril foi influenciada majoritariamente pelo Indicador das Expectativas (IE), “que se mantém em patamar positivo, mas recuou 16,6 pontos entre janeiro e abril”, enquanto o Indicador da Situação Atual (ISA) “ficou relativamente estável em território negativo”.

“O indicador da região seguiu, em grandes linhas, o comportamento do ICE Mundial, embora este tenha permanecido na zona de avaliação favorável. O ICE Mundial passou de 26,1 pontos em janeiro para 16,5 pontos em abril, com estabilidade do ISA e queda, de 23,9 pontos para 6,1 pontos, do IE, no mesmo período. Esta queda interrompe a trajetória de melhora observada desde outubro de 2017.

O resultado indica que a economia mundial continua num ciclo expansivo, mas sinaliza uma possível desaceleração no ritmo de crescimento econômico no segundo semestre”, diz a nota divulgada pela FGV.

No grupo de 11 países selecionados para a análise da América Latina, cinco registraram piora no clima econômico, incluindo o Brasil, com saldo negativo de 15,7 pontos. Os maiores recuos entre janeiro e abril ocorreram na Argentina (-17,5 pontos), Brasil (-15,7 pontos) e Peru (-11,3 pontos).

“Mesmo com esta forte retração, a Argentina e o Peru permaneceram na zona favorável; já o Brasil encaminhou-se para a zona de clima desfavorável. Os outros dois países, Bolívia e Colômbia, também estão com avaliação desfavorável do clima econômico”, diz a nota da FGV, que associa a piora do ICE na Colômbia e no Peru a uma “deterioração na avaliação da situação atual, pois as expectativas, além de estarem no campo positivo, melhoraram”.

Na Argentina, conforme a FGV, tanto a situação atual quanto as expectativas pioraram. Já na Bolívia, assim como no Brasil, a piora foi causada pelas expectativas.

Entre os países que registraram avanço no ICE, o destaque é o Chile, cujo indicador passou de 26,3 pontos para 49,2 pontos entre janeiro e abril. “A melhora deveu-se à forte alta do ISA, que passou de -18,2 pontos, em janeiro, para 30,0 pontos, em abril”, diz a nota da FGV.