Economia

CLP pede que novo arcabouço autorize uso de medidas de controle de gasto de maneira mais rápida

CLP pede que novo arcabouço autorize uso de medidas de controle de gasto de maneira mais rápida CLP pede que novo arcabouço autorize uso de medidas de controle de gasto de maneira mais rápida CLP pede que novo arcabouço autorize uso de medidas de controle de gasto de maneira mais rápida CLP pede que novo arcabouço autorize uso de medidas de controle de gasto de maneira mais rápida

O Centro de Liderança Pública (CLP) publicou nota técnica onde solicita que a versão final do novo arcabouço fiscal – que deve ser analisado na Câmara nesta semana após mudanças no Senado – determine que medidas de controle de gasto sejam executadas de maneira mais rápida. “A organização defende que, quando a meta não for cumprida, o uso de ferramentas para diminuir despesas precisa ser mais ágil do que o previsto na última versão aprovada pelo Senado Federal”, diz.

“O CLP discorda do trecho mantido pelos senadores que diz que, caso a meta de resultado primário não seja cumprida em 2023 e 2024, os instrumentos de controle de gastos serão acionados apenas em 2025 … As ferramentas de controle deveriam ser usadas já no ano seguinte ao descumprimento”, afirma a organização em nota.

Para a CLP, a Câmara pode alterar este trecho, agora que o texto retornou às suas mãos. No entanto, para evitar mais idas e vindas, o Executivo tem trabalhado para que o projeto não sofra outras mudanças nesta nova passagem pela Câmara.

Outro ponto criticado pela CLP diz respeito a exclusão do limite de gastos a complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e as transferências constitucionais da União ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), além de despesas com ciência, tecnologia e inovação. Segundo a entidade, as alterações feitas no Senado “não respeitaram critérios para as exclusões ao teto e, por isso, são negativas”.

O documento também vê com preocupação a “cláusula de escape”, que permite que o presidente da República envie ao Congresso um projeto de lei complementar sugerindo a suspensão ou gradação das medidas de ajuste, desde que demonstre que vai compensar o desvio apurado na meta. “A cláusula de escape é negativa, pois traz incerteza para a aplicação integral das medidas de ajuste fiscal, dado que ela permite ao Executivo adotar somente parte das vedações”, afirmou a nota.

Apesar das críticas, foi vista com bons olhos a adição do Senado do trecho que prevê que a lei complementar já estabeleça os parâmetros que limitam o crescimento do gasto real. “A alteração promovida pela Câmara e mantida pelo Senado é positiva, pois traz maior estabilidade e previsibilidade para a regra fiscal”, avaliou

Outro ponto positivo, para a organização, está relacionado à manutenção da governança atual Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os senadores mantiveram a obrigatoriedade do contingenciamento de gastos em caso de risco de não cumprimento da meta de resultado primário. Para o CLP, a medida é importante porque preserva o poder dos agentes públicos frente a grupos de pressão e interesses particulares.