Economia

CMO tenta resolver '3 grandes problemas' no Orçamento 2018 para seguir votação

CMO tenta resolver ‘3 grandes problemas’ no Orçamento 2018 para seguir votação CMO tenta resolver ‘3 grandes problemas’ no Orçamento 2018 para seguir votação CMO tenta resolver ‘3 grandes problemas’ no Orçamento 2018 para seguir votação CMO tenta resolver ‘3 grandes problemas’ no Orçamento 2018 para seguir votação

Brasília – A Comissão Mista de Orçamento (CMO) ainda tenta resolver três “grandes problemas” no Orçamento de 2018: a deficiência de recursos para o abastecimento das usinas nucleares de Angra, a ausência de previsão dos benefícios fiscais para a indústria cinematográfica e o volume baixo de recursos destinados à assistência social.

A vice-presidente da CMO, deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ), sugeriu nesta quarta-feira, 13, a convocação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para tentar destravar as negociações. Segundo ela, esses são pontos que certamente travarão a votação do Orçamento no plenário do Congresso Nacional.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), anunciou nesta quarta que o Orçamento de 2018 pode ser votado ainda nesta quarta no plenário, o que depende da análise do parecer pela CMO. Essa opção desagrada ao governo, que teme uma debandada dos parlamentares após a votação do Orçamento, inviabilizando o quórum na semana que vem para votar a reforma da Previdência.

De acordo com Laura Carneiro, são necessários mais R$ 170 milhões para recompor os recursos que bancarão a aquisição de combustível para o funcionamento das usinas de Angra 1 e 2. A Eletronuclear, que opera as usinas, está em vias de entrar em colapso financeiro por conta dos custos bilionários e crescentes da construção de Angra 3 (uma das obras investigadas na Operação Lava Jato) e está sem dinheiro para comprar o combustível.

Na questão do Recine, o Congresso aprovou este ano a extensão até 2019 do programa que concede benefícios fiscais a quem financia obras cinematográficas. Segundo Laura, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, prometeu enviar um ofício solicitando a alteração até esta quarta ao meio-dia, mas o documento ainda não foi apresentado à comissão.

“São problemas que não estão mais na alçada do relator”, alertou a deputada. “Isso pode não dificultar a aprovação na comissão, da forma célere que desejamos, mas certamente vai atrapalhar no plenário”, disse.

No orçamento da Assistência Social, a peemedebista afirmou que os valores destinados são insuficientes e há o risco de 18 milhões de pessoas ficarem sem atendimento no ano que vem.