Economia

Com queda na taxa Selic, investidores buscam aplicações de maior risco

Com queda na taxa Selic, investidores buscam aplicações de maior risco Com queda na taxa Selic, investidores buscam aplicações de maior risco Com queda na taxa Selic, investidores buscam aplicações de maior risco Com queda na taxa Selic, investidores buscam aplicações de maior risco

– A queda da taxa básica de juros, a Selic, fez com que muitas aplicações em renda fixa deixassem de oferecer o mágico retorno de 1% ao mês, antes visto quando essa taxa estava em dois dígitos. Mas a previsão de que os juros atinjam um patamar ainda menor no fim deste ano – os economistas falam em Selic na casa dos 7% diante da inflação baixa – faz com que o investidor tenha de se mexer um pouco mais, caso queira bons retornos em aplicações conservadoras.

A boa notícia é que, segundo os especialistas, dá para colocar um pé no risco sem sair da renda fixa. Aplicações como fundos multimercado e debêntures podem ser alternativas interessantes mas, em troca de um retorno maior, podem ter riscos e custos um pouco maiores. Além disso, não oferecem a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que compensa perdas em títulos como CDB, RDB, LC, LCI e LCA em até R$ 250 mil por CPF em caso de falência da instituição que emitiu esses títulos.

A renda fixa é como um empréstimo do investidor para um banco ou empresa. Assim, o perigo é de a instituição não entregar a rentabilidade prometida. Outro risco é a liquidez, pois o prazo de vencimento geralmente é mais longo em aplicações mais sofisticadas. Dessa forma, o investidor pode não conseguir resgatar os recursos a qualquer momento antes do vencimento sem perder dinheiro.

Por isso, a recomendação é manter sempre o sangue frio. “O investidor sabe do prazo, mas se ele precisa do dinheiro antes, entra em pânico”, alerta Felipe Sotto-Maior, sócio fundador da Vérios.

Professor de Finanças da FGV, William Eid diz que abrir mão do resgate em um prazo menor pode trazer retornos melhores, mas diz que é preciso sair da zona de conforto.

“Não dá pra chegar para o banco e perguntar ‘no que é bom investir’, pois ele não te conhece. Tire 30 minutos por semana da novela e dedique ao seu dinheiro”, recomenda.

Eduardo Levy, economista da Rio Bravo, diz que vale a pena o auxílio de um gestor profissional em aportes acima de R$ 300 mil. “A dificuldade está em dar o primeiro passo”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.