Economia

Com Rota 2030, governo quer garantir política industrial nos próximos 15 anos

Com Rota 2030, governo quer garantir política industrial nos próximos 15 anos Com Rota 2030, governo quer garantir política industrial nos próximos 15 anos Com Rota 2030, governo quer garantir política industrial nos próximos 15 anos Com Rota 2030, governo quer garantir política industrial nos próximos 15 anos

São Paulo – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, usou a maior parte do tempo que durou a sua palestra em evento em que a Ford lançou o motor 1,5L 3C, em São Paulo, para falar do programa de incentivo à indústria automotiva, o Rota 2030. Rota 2030 substituirá o Inovar Auto, programa de incentivo à inovação e ao adensamento da cadeia produtiva no setor automotivo cujo prazo de vigência termina em outubro deste ano.

O Inovar Auto trouxe problemas ao governo brasileiro ao ser questionado e condenado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) por conta dos incentivos que concedia ao setor automotivo. O ministro disse preferir não falar sobre o que deu errado no Inovar Auto pelo fato de o programa ter sido feito por outro governo.

Para ele, a partir de agora é olhar para frente. “Temos que olhar para frente, para o novo ciclo automotivo que começa em janeiro de 2018”, disse Marcos Pereira, acrescentando que a Política Industrial Automotiva tem que ser uma política de Estado e não de governo. “Tem que dar previsibilidade à indústria e trazer investimentos, não pode ser mudada a cada governo”, disse.

O Rota 2030, ainda em desenvolvimento, disse Marcos Pereira, vai garantir a política industrial do setor por 15 anos. O governo já criou um grupo de trabalho denominado GTI 4.0 que tem até o dia 31 deste mês para apresentar uma prévia do programa. Depois dos ajustes, o Rota 2030 será apresentado ao presidente Michel Temer em setembro para ser aprovado e colocado em vigor ainda neste ano.

“Esse é o governo do diálogo e das reformas. O objetivo é dar previsibilidade e garantir investimentos”, afirmou o ministro, destacando que um dos objetivos da nova política automotiva é tornar os veículos brasileiros competitivos também no exterior.

Segundo o ministro, se é para falar do Inovar Auto é bom que se fale do que deu certo no programa. Neste sentido, ele registrou que o motor 1.5L 3C da Ford é um dos resultados do Inovar Auto. Ele citou ainda a adesão das montadoras brasileiras ao selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). De acordo com o ministro, 100% dos veículos produzidos no Brasil já neste ano vão sair de fábrica com a etiqueta de economia de energia.

O ministro voltou a falar do acordo bilateral entre Brasil e Colômbia, que visa triplicar as exportações dos veículos brasileiros para o país vizinho. No ano passado, as montadoras brasileiras embarcaram para o exterior cerca de 500 mil unidades. Destes, 70% foram para a Argentina e 12% para o México. Colômbia, Uruguai e Chile ficaram cada um com fatias entre 4% e 5% das exportações totais.