Economia

Comissão especial da PEC dos precatórios será comandada por líderes do Centrão

Comissão especial da PEC dos precatórios será comandada por líderes do Centrão Comissão especial da PEC dos precatórios será comandada por líderes do Centrão Comissão especial da PEC dos precatórios será comandada por líderes do Centrão Comissão especial da PEC dos precatórios será comandada por líderes do Centrão

A comissão especial que vai modificar e votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o pagamento dos precatórios será comandada por líderes do Centrão, com inclinação à base do governo. O deputado Diego Andrade (PSD-MG), líder da Maioria na Câmara, será o presidente do colegiado e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), líder da sua bancada na Casa e um dos parlamentares mais próximos de Arthur Lira (PP-AL), será o relator da matéria.

Hugo Motta terá como missão adaptar o texto enviado pelo governo à proposta que vem sendo costurada por Lira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e com a equipe econômica do governo, a partir de sugestões do Judiciário.

Lira tem pressa e quer concluir a votação da PEC no prazo de 15 a 20 dias. No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estima um prazo entre duas e três semanas para finalizar a votação.

Depois do anúncio de um acordo para solucionar o “meteoro” de R$ 89,1 bilhões de despesas com dívidas judiciais, a proposta foi apresentada aos deputados, mas, como o tema é muito complexo, ainda há muita desinformação. Nos bastidores, parlamentares reclamavam que nenhum texto foi apresentado ainda.

Ao assumir oficialmente a relatoria, Motta afirmou que sua ideia é concluir o mais rápido possível os trabalhos da comissão, segundo ele, porque o assunto requer essa celeridade. “Vamos defender uma proposta que não coloque em xeque a credibilidade do Brasil”, disse. “Precisamos cuidar dos milhões de brasileiros que sofrem com o orçamento familiar que cresceu.”

Ele repetiu a tríade a ser solucionada nesse imbróglio que vem sendo falada pelas demais autoridades: pagar a dívida da União, sem furar o teto de gastos e sem comprometer a reformulação do novo Bolsa Família, batizado de Auxílio Brasil.

A ideia da comissão é aproveitar a PEC sobre o mesmo tema enviada pelo governo e aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na semana passada.

Apesar da falta do texto, fontes informaram que a reação à proposta que vem sendo estudada foi boa durante reunião com deputados realizada na terça-feira, 21, após o anúncio do acordo por Pacheco e Lira ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes. No Senado, a reunião de Pacheco com os líderes para apresentar os termos do acordo deverá ocorrer na quinta-feira, 23.

“Nosso grande desafio será fechar uma conta que não bate”, afirmou o deputado Enio Verri (PT-PR), membro da comissão. “Conte conosco na construção desse projeto.”

Motta disse que pretende começar os trabalhos ouvindo o governo, depois o Judiciário e o Tribunal de Contas da União (TCU).

A comissão, que tem 34 integrantes titulares e igual número de suplentes, foi recheada de nomes importantes da base do governo, como o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), Giovani Cherini (PL-RS) e Vitor Hugo (PSL-GO). Outros nomes de destaque na atuação da Câmara, como a deputada Margarete Coelho (PP-PI), primeiro membro da tropa de choque de Lira, está no colegiado, assim como o relator do Orçamento, Hugo Leal (PSD-RJ), na posição de suplente.