Economia

Compulsório deverá convergir para padrões internacionais, diz Goldfajn

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Brasília – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira, 31, durante audiência pública da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que o compulsório é um dos assuntos tratados pela Agenda BC+, da instituição. Segundo ele, o BC já simplificou os compulsórios este ano e, no médio e longo prazo, “vamos pensar para que compulsório convirja a padrões internacionais”.

Questionado a respeito da redução do rating do Brasil por agências internacionais de classificação de risco, Goldfajn afirmou que a recuperação ocorrerá “já já”. Neste ponto, citou a queda do Credit Default Swap (CDS) brasileiro nos últimos meses, como um exemplo de que o mercado financeiro enxerga uma situação mais favorável ao Brasil hoje.

A audiência na CMO busca avaliar o cumprimento dos objetivos e das metas das políticas do BC, considerando os impactos no balanço da instituição.

Competição

Goldfajn argumentou que o importante não é a existência de quatro ou cinco bancos, mas sim que haja competição no mercado bancário. Ele voltou a citar que o BC tem trabalhado pelo empoderamento dos pequenos bancos e das empresas de tecnologia.

“Se queremos mais bancos menores, temos que pensar na democratização das informações. Por isso os deputados têm que olhar com cuidado o projeto do Cadastro Positivo”, afirmou.

Goldfajn também defendeu novamente a explicação de que a inflação caiu devido as ações da autoridade monetária, e não apenas devido à retração econômica. “É inegável que a inflação caiu, e ela não tinha caído nos dois anos de recessão”, rebateu.

Segundo ele, a inflação caiu também pelo retorno da confiança após as medidas tomadas pelo governo. “Quando se está em recessão e há incerteza, ninguém reduz preços. Só quando o futuro fica mais claro que empresas ficam confortáveis em reduzir preço”, respondeu.

Goldfajn repetiu que os juros estão caindo e que a taxa real está próxima de seu menor patamar histórico. “Há inclusive a expectativa de analistas de que a Selic feche 2017 abaixo de 7,5%. O juro estrutural está caindo porque estamos fazendo ajustes e avançando nas reformas”, acrescentou.

Gasolina

Goldfajn disse que uma parte do aumento do preço da gasolina é na realidade uma recomposição de congelamento de preços feito por governos anteriores. “Aprendemos no passado que o congelamento de preços não funciona e aprendemos agora. A boa notícia é que isso já passou”, afirmou.

Bancos públicos

Goldfajn disse ainda não acreditar que o governo deva usar os bancos públicos, da forma como foi feito no passado, para puxar a queda das taxas de juros. “Usar os bancos públicos dessa forma não nos leva a resultados sustentáveis. Temos que estimular isso nos bancos públicos e nos privados”, respondeu.

Spreads bancários

Em resposta aos questionamentos dos parlamentares, o presidente do BC reiterou que os spreads bancários estão caindo e reforçou que a autoridade monetária deseja que eles caiam ainda mais. “Se for possível passar a reforma da Previdência, a queda da taxa estrutural será significativa”, repetiu.