Economia

Conselho da Alstom aceita oferta de aquisição da GE

Conselho da Alstom aceita oferta de aquisição da GE Conselho da Alstom aceita oferta de aquisição da GE Conselho da Alstom aceita oferta de aquisição da GE Conselho da Alstom aceita oferta de aquisição da GE

Paris – O Conselho de Diretores da Alstom disse que, por unanimidade, aceitou a proposta revisada da GE de aquisição de sua unidade de equipamentos de energia, encerrando dois meses de disputa pela fabricante de turbinas para usinas geradoras de energia elétrica.

O negócio ainda depende de um acordo do governo francês com a Bouygues SA para aquisição de 20% da participação que a Bouygues possui na Alstom. O governo tem dito que pretende se tornar o maior acionista da Alstom antes de aprovar a compra de ativos da companhia pela GE.

O conselho aceitou uma nova proposta feita na sexta-feira pela GE, quando o grupo norte-americano alterou sua oferta inicial por todas as operações de energia da Alstom a fim de torná-la mais palatável ao governo francês, que tem resistido à ideia de deixar que o conglomerado industrial francês fique em posse dos norte-americanos.

Na proposta revisada da GE, a Alstom poderá vender suas operações de turbinas a gás, que representa a maior parte da unidade de equipamentos de energia, para a companhia norte-americana e preservar a parte francesa das turbinas a vapor e nucleares, atividades de energia renovável e equipamentos de rede em uma joint venture de 50%/50% com a GE.

O conselho disse que nova oferta beneficia a Alstom, seus acionistas e outros detentores de ações. A nova oferta da GE mantém o valor da operação em US$ 17 bilhões, mas avalia o investimento da Alstom na joint venture em 2,5 bilhões de euros (US$ 3,4 bilhões), afirmou o conselho da Alstom.

Após a transação, a Alstom irá adquirir as operações de sinalização de trens da GE e uni-la as suas próprias operações de trens, nas quais a francesa pretende focar seus negócios no futuro, disse o conselho.

A primeira proposta de aquisição de ativos da Alstom feita no final de abril causou protesto do combativo ministro da Economia da França, Arnaud Montebourg. Ele encorajou a Siemens, rival alemã da GE, a unir-se a japonesa Mitsubishi Heavy Industries a lançar uma oferta concorrente.