Economia

Construção civil será favorecida pela reforma tributária, afirma Haddad

Construção civil será favorecida pela reforma tributária, afirma Haddad Construção civil será favorecida pela reforma tributária, afirma Haddad Construção civil será favorecida pela reforma tributária, afirma Haddad Construção civil será favorecida pela reforma tributária, afirma Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a construção civil será favorecida pela reforma tributária. “Reoneração sobre a folha de pagamento, mexer no Simples, onerar a construção civil e o consumo, sobretudo de alimentos, nada disso está na ordem do dia”, disse em entrevista à BandNews.

De acordo com o ministro, o pequeno e o médio empreendedor não vai sentir os efeitos das medidas que serão tomadas, somente os benefícios: queda do juro e melhora das condições econômicas para o País voltar a crescer.

Haddad argumentou que os “jabutis” que favorecem grandes empresas prejudicam de forma indireta os pequenos e médios empresários, levando os juros a níveis exorbitantes.

O ministro reafirmou que o alvo da reforma são as grandes empresas que, por meio de lobby no Congresso, conseguem emendas “jabutis” e geram confusão no Judiciário para não pagar impostos. “Hoje 40% dos litígios no Poder Judiciário dizem respeito a tributos.”

Postura do Congresso

Haddad afirmou ainda que se o Congresso decidir não aceitar as mudanças tributárias propostas pelo governo, ele terá de cortar de algum lugar e, em geral, esse corte tem recaído sobre os mais pobres.

“Se o Congresso não quiser fazer as empresas bilionárias listadas em Bolsa pagarem um pouco mais do que pagam hoje – porque hoje elas pagam muito pouco -, ele terá de olhar para o outro lado e cortar na carne de quem não tem, de quem está no osso”, disse ele em entrevista à BandNews.

Haddad emendou que considera o sistema tributário brasileiro injusto e que dará uma lista dos atuais beneficiados quando o Congresso pedir.

O ministro declarou que o governo está em busca de reequilibrar por reposição as contas do que foi perdido nos últimos anos, sobretudo nos últimos sete anos. “Perdemos base fiscal e Orçamento por expedientes pouco transparentes.”

Haddad também defendeu que o arcabouço proposto é menos engessado do que o atual teto. “O que está acontecendo é que as despesas obrigatórias estão suspensas pelo teto, o que acarretou em queda do investimento em Saúde e Educação e congelamento do salário mínimo por sete anos. Isso acaba comprometendo a capacidade de compra do próprio mercado interno.”

O ministro argumentou que o piso de 0,6% para o crescimento real das despesas, descrito no novo texto, é um dispositivo contra-cíclico, uma salvaguarda para impedir que o Produto Interno Bruto (PIB) caia ainda mais em crises por retração do dispêndio do Estado.