Economia

Consultoria aponta que reação ao rebaixamento deve ser 'pequena'

Consultoria aponta que reação ao rebaixamento deve ser ‘pequena’ Consultoria aponta que reação ao rebaixamento deve ser ‘pequena’ Consultoria aponta que reação ao rebaixamento deve ser ‘pequena’ Consultoria aponta que reação ao rebaixamento deve ser ‘pequena’

São Paulo – O rebaixamento da nota de crédito soberano do País pela agência de classificação de risco S&P Global, que passou de BB para BB-, anunciado nesta quinta-feira, à noite, deve gerar uma correção no câmbio e no preço dos ativos em bolsa nesta sexta-feira, 12, avalia o economista da 4E Consultoria, Juan Jensen. Ainda assim, ele aponta que a reação deve ser “pequena”.

“O rebaixamento não era esperado neste momento, com o Congresso ainda em recesso. Ainda assim, a maior parte do mercado já não trabalhava com a hipótese de aprovação da reforma da Previdência e o preço dos ativos já refletia esta perspectiva. Vai haver uma correção pequena, com algum impacto em câmbio e bolsa”, explicou o economista ao Broadcast.

Para Jensen, o fluxo de capital estrangeiro ao País pode ser mais impactado pela decisão da S&P Global, que apontou a demora do Congresso em aprovar reformas estruturais para melhorar a situação das contas públicas. Desta maneira, ressalta o economista, o dólar deve apresentar valorização na manhã de sexta-feira em relação ao real.

Apesar do rebaixamento, diz Jensen, o quadro fiscal e econômico do País não foi alterado, o que evitaria um possível “efeito manada”, com outras agências rebaixando a nota de crédito brasileira. “A situação fiscal é ruim e tende a continuar, não tem novidade neste cenário. A Previdência já era difícil de passar e já sabíamos que seria complicado em 2018”, afirma.

O fator que teria maior potencial para afetar a precificação de ativos e câmbio neste ano, avalia o economista da 4E, são as eleições presidenciais.

Fundo EWZ

Após fechar no maior patamar desde novembro de 2014, o principal índice de fundo relacionado ao Brasil, o EWZ, passou a cair logo após a notícia do novo rebaixamento da nota brasileira pela agência S&P Global Ratings. Às 20h05 no horário de Brasília, o índice registrava queda de 0,70% no pós-mercado. Durante o pregão tradicional, o índice fechou em alta de 1,87%, a US$ 43,10.