Economia

Cortes de juros do PBoC são insuficientes para gerar impacto na China, diz Capital Economics

Cortes de juros do PBoC são insuficientes para gerar impacto na China, diz Capital Economics Cortes de juros do PBoC são insuficientes para gerar impacto na China, diz Capital Economics Cortes de juros do PBoC são insuficientes para gerar impacto na China, diz Capital Economics Cortes de juros do PBoC são insuficientes para gerar impacto na China, diz Capital Economics

A Capital Economics avalia que a abordagem do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) tem efeito “limitado” no quadro atual e “não é suficiente, em si ao menos, para colocar um piso no crescimento” do país. Em comentário a clientes, a consultoria lembra que mais cedo nesta segunda-feira (21) o PBoC reduziu a taxa de referência de 1 ano (LPR, na sigla em inglês) de 3,55% a 3,45%, mas manteve a LPR de 5 anos, em 4,20%.

Segundo a Capital, os cortes de juros do PBoC nos últimos dias ocorrem em meio a crescentes preocupações entre formuladores de políticas sobre a saúde da economia da China. A consultoria diz que havia ampla expectativa por um corte de 15 pontos-base na LPR de 1 ano nesta segunda, portanto a redução ficou abaixo do esperado. A Capital vê os formuladores de política ainda se importando com o câmbio, como evidenciado por intervenções recentes no mercado cambial, “mas agora eles parecem mais preocupados com a economia”. Ela diz que isso “não surpreende”, após índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) negativo recente, com o crescimento do crédito “extremamente contido” e estagnação na atividade e nos gastos.

De qualquer modo, o PBoC parece “adotar uma abordagem cautelosa para a política monetária”, acredita a Capital. A manutenção da taxa de 5 anos sugere que o BC chinês busca um equilíbrio entre apoiar a atividade e responder a preocupações com os bancos, que sofrem com juros mais baixos e a queda na lucratividade. A Capital vê os cortes recentes do PBoC como de impacto limitado, mas avalia que deve haver outras medidas, como corte no compulsório, para relaxar mais a política. Ainda assim, a consultoria espera “apenas apoio modesto” ao crescimento do crédito e à atividade econômica mais ampla.