Economia

Crédito manteve no primeiro semestre de 2019 trajetória de crescimento, diz BC

As operações com crédito livre cresceram 4,4% no período - sendo 6,8% para famílias e 1,5% para empresas", detalhou

Crédito manteve no primeiro semestre de 2019 trajetória de crescimento, diz BC Crédito manteve no primeiro semestre de 2019 trajetória de crescimento, diz BC Crédito manteve no primeiro semestre de 2019 trajetória de crescimento, diz BC Crédito manteve no primeiro semestre de 2019 trajetória de crescimento, diz BC
Foto: Divulgação

O chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira, 26, que o mercado de crédito manteve trajetória de crescimento no primeiro semestre de 2019.

“O crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 1,2% entre janeiro e junho, mantendo a trajetória que veio do ano passado. As operações com crédito livre cresceram 4,4% no período – sendo 6,8% para famílias e 1,5% para empresas”, detalhou.

Mesmo com o nível elevado de desemprego no País, ele comentou que tem havido redução gradual da quantidade de desempregados na margem. “Esse aumento da massa salarial é a fonte do aumento do crédito para as famílias”, apontou. “Um dos maiores crescimentos tem ocorrido no crédito consignado, cuja taxa em junho (22,8% ao ano) foi a menor da série história iniciada em 2004”, completou.

Já a redução dos saldos no crédito direcionado para pessoas jurídicas se deve à continuidade da redução dos desembolsos do BNDES. “Os créditos do BNDES estão sendo substituídos por emissões no mercado de capitais doméstico”, acrescentou.

Rocha destacou que o aumento da taxa média de juros nos últimos meses decorre da redução dos saldos no crédito direcionado – como os do BNDES, por exemplo, e que têm juros menores – e do aumento do crédito livre – que cobra juros maiores. “Mesmo que cada operação individual não tenha tido aumento de taxas, ocorre esse efeito de alta pela composição do estoque”, explicou.

Rocha disse ainda que a redução do ritmo de expansão do crédito em junho se deve a movimento de baixa a prejuízo e liquidações de operações no mês. “Já as concessões dessazonalizadas tiveram volume consistente com a trajetória de crescimento do crédito no mês”, acrescentou.

Cheque especial

Rocha disse que o aumento dos juros do cheque especial em junho decorre da elevação da taxa por um banco. A taxa média do cheque especial foi de 320,9% ao ano para 322,2% ao ano de maio para junho.

“Houve uma instituição financeira que aumentou suas taxas no cheque especial em junho”, explicou.

Crédito ampliado total

Rocha destacou que o crédito ampliado total ao setor não financeiro atingiu um saldo de R$ 9,7 trilhões em junho, o equivalente 138,2% do PIB. O cálculo considera as dívidas de famílias, empresas e do governo geral nos mercados interno e externo.

“No mercado doméstico, destaca-se o mercado de capitais privado. Os títulos privados e os instrumentos securitizados são créditos que têm apresentado maior dinamismo”, acrescentou. “Isso corrobora a tendência de troca de dívida no mercado externo pelo mercado doméstico”.

Excluindo o endividamento do governo, o saldo de crédito total ampliado de famílias e empresas totalizou R$ 5,419 trilhões em julho, ou 77,5% do PIB.