Economia

Crise política não afetou andamento das discussões sobre distratos, diz CBIC

Crise política não afetou andamento das discussões sobre distratos, diz CBIC Crise política não afetou andamento das discussões sobre distratos, diz CBIC Crise política não afetou andamento das discussões sobre distratos, diz CBIC Crise política não afetou andamento das discussões sobre distratos, diz CBIC

São Paulo – O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou nesta quinta-feira, 8, que a crise política desencadeada pela delação de executivos da JBS não afetou o andamento das discussões do setor com o governo sobre distratos.

“A questão está andando. O que nos alegra, neste instante, é que o governo percebeu o risco sistêmico que é o distrato”, disse Martins, em conversa com o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, após participação em evento promovido pela Revista Exame, em São Paulo.

Segundo o executivo, os distratos acabam gerando uma reação em cadeia, uma vez que as construtoras deixam de pagar as dívidas com os bancos e, consequentemente, não conseguem novos financiamentos, o que dificulta a geração de empregos no setor.

Martins ressalta que as regras atuais criam um cenário que estimula os distratos. “Mas, se criarmos algum tipo de inibição, para que a pessoa que efetivamente precisar possa usar, mas que não seja tão fácil como é hoje, vai fazer toda a diferença.”

O presidente da CBIC, no entanto, não deu maiores detalhes sobre o teor das discussões envolvendo a proposta. Quanto ao endereçamento do tema pelo governo, via projeto de lei (PL) ou medida provisória (MP), Martins disse que ainda não há nada definido. “Ambas possuem prós e contras, dentro do aspecto político e tempo de trâmite”, disse.

Presente no mesmo evento, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, disse acreditar que a crise política não gerará atrasos nas discussões envolvendo os distratos.

“Os debates são em nível técnico e jurídico, fugindo das questões políticas”, disse Neto à reportagem do Broadcast. “A questão tem que ir para frente, é um assunto que não pode parar de ser discutido, para o bem de todos.”