Economia

Dados da produção industrial traduzem rigidez do ajuste, diz André Perfeito

Dados da produção industrial traduzem rigidez do ajuste, diz André Perfeito Dados da produção industrial traduzem rigidez do ajuste, diz André Perfeito Dados da produção industrial traduzem rigidez do ajuste, diz André Perfeito Dados da produção industrial traduzem rigidez do ajuste, diz André Perfeito

Belo Horizonte – O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, comentou que os dados divulgados nesta quarta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção industrial do País dão evidências de que ocorrerá uma desaceleração mais forte da economia nos próximos períodos. “Começamos o terceiro trimestre com o pé esquerdo. Os empresários continuam sem confiança para com a economia brasileira e a tendência é de a atividade industrial só piorar”, afirmou.

Ele achou preocupante o resultado da produção da indústria de bens de capital em julho, que recuou 1,9% ante junho e 27,8% ante julho de 2014, acumulando uma retração de 20,9% no ano e de 16,8% em 12 meses. “O comportamento é reflexo dos ajustes do governo que têm se demonstrado fortes para a indústria”, ressaltou.

Outro dado “muito preocupante” na avaliação do especialista é que a comparação anual do resultado geral da produção da indústria foi a maior para o mês desde 2009, quando houve queda de 10%.

Perfeito acredita que hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) irá decidir por elevar em 0,25 ponto porcentual a taxa de juros básica (Selic), mesmo que os dados da produção industrial estejam muito ruins e que o setor tenha conclamado a interrupção do movimento de alta do indicador.

“Os olhos estão voltados para 2016 e agora com a informação de que há a possibilidade de não termos superávit primário no ano que vem, a decisão será pelo aumento dos juros. Além disso, o Copom, com esse novo aumento, tentará ancorar um pouco as expectativas para 2016”, avaliou.