Abr 2021
23
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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porLuan Sperandio

As medidas do governo do Espírito Santo para auxiliar empresas

1. Programa de Renegociação de Dívidas

O Confaz já autorizou um programa de refinanciamento de dívidas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que as pessoas jurídicas têm com a Receita Estadual. Isso significa um desconto sobre juros e multas em relação a passivos tributários, que poderá ser parcelado em até 60 meses, com o Estado abrindo mão de até 100% de juros e multas.

O programa de renegociação de dívidas abarcará débitos tributários ocorridos até 31 de dezembro de 2020, e há previsão de vigência para adesão entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2021. Vale ressaltar que o desconto é maior para as adesões que ocorrerem até 31 de agosto.

Para entrar em vigor, a medida ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Legislativa (ALES). Segundo o governador Renato Casagrande (PSB), o projeto será encaminhado para a ALES nos próximos dias, possivelmente ainda esta semana.

2. Fundo de proteção ao emprego (Linha Emergencial do Bandes)

Com o objetivo de fornecer capital de giro para empresas de todos os portes, a ação fornece acesso facilitado à taxa Selic com carência e prazo total de 12 e 60 meses, respectivamente.

Além disso, a instituição abriu diversas outras linhas de créditos para localidades e setores específicos.

O Fundo de Proteção ao Emprego recentemente aprovado pela ALES disponibilizou crédito de até R$ 50 mil para as empresas.

“O valor total do fundo é de R$ 250 milhões, que foram aportados pelo Tesouro Estadual no Bandes, o maior fundo do país em toda a pandemia”, afirmou Casagrande. A maior economia do país, São Paulo, apresentou este ano um fundo com o montante total de R$ 100 milhões.

O acesso está disponível no próprio site do BANDES desde o começo do mês de abril. Além do e-mail [email protected], também está disponível para mais informações o número de contato 0800 283 4202.

3. Fundo de Aval e Linhas Emergenciais do Banestes

Com foco em MEIs, autônomos, cooperativas e na agricultura familiar, o Fundo de Aval garante valores de até R$ 5 mil a taxas zero com prazo total em 24 parcelas e carência de seis meses. Cada beneficiário deve apresentar algumas garantias, como comprovação de receita bruta anual do último exercício e comprovação da situação de regularidade junto ao fisco federal e estadual.

ainda a linha de Capital de Giro Emergencial Covid-19, com valores de até R$ 31,5 mil. Esta é destinada exclusivamente para o financiamento de até três folhas de pagamento de empresas.

4. Compete-ES e Invest-ES 

Dois programas sobre incentivos tributários tiveram os prazos prorrogados para aumentar a adesão do empresariado, o Compete-ES e a emissão do laudo de operacionalidade precário do Invest-ES.

Também houve a suspensão por 90 dias do cancelamento do Invest-ES e do Compete-ES. Em suma, as empresas que participam desses programas terão mais tempo para se regularizar e não contraírem prejuízos para usufruir de incentivos tributários que dependem da emissão de documentos específicos.

5. Nossocrédito Emergencial

Operada pelo Programa Nossocrédito, a linha tem como público-alvo os microempreendedores. Os valores variam entre R$ 200 e R$ 20 mil e há carência de 6 meses. Já as taxas de juros variam dependendo do período de tempo: de um a 12 meses, corresponde a 0,65% ao mês; de 13 a 24 meses é de 0,80% ao mês, e, por fim,  de 25 a 36 meses equivale a 0,95% ao mês.

Os requerimentos podem ser feitos no site da Aderes.

6. Prorrogação do ICMS do Simples Nacional

Houve a prorrogação do vencimento de ICMS para as empresas que adotaram o Simples Nacional por 90 dias. A ideia é reduzir os impactos financeiros sobre as micro e pequenas empresas, um dos segmentos mais afetados desde o início da pandemia. Não há necessidade de requerimento do empreendedor para ser beneficiado pela medida.

7. Lei de Incentivo à Cultura e Esporte

A ação permite que empresas destinem parte do ICMS para apoiar a Cultura e o Esporte, sendo R$ 10 milhões por ano para projetos de cada área. O objetivo é incentivar projetos nesses setores, alguns dentre os mais afetados pela pandemia. Assim, parte do ICMS pago pelas empresas pode ser repassado diretamente para as associações culturais e desportivas.

O projeto foi encaminhado pelo governo do Estado e aprovado pela ALES, já tendo sido sancionado e em vigência. Vale ressaltar que a medida também estará vigente após o período de pandemia.

Sem responsabilidade fiscal, nada disso seria possível

O governador Casagrande ainda destacou na entrevista a importância da responsabilidade fiscal adotada pelo Espírito Santo. “Desde 2012 atingimos e mantemos a nota A no Tesouro Nacional, o único do país. Foi algo fundamental para o governo do Estado enfrentar a crise das chuvas torrenciais em 2013, a recessão brasileira na sequência e agora a pandemia”, explica.

A fim de minimizar os impactos da pandemia, governos de todo o mundo lançaram mão de políticas públicas para redistribuição de renda e de crédito. Contudo, quem fez o dever de casa teve maior fôlego orçamentário para socorrer o sistema de saúde e as empresas, evitando aumentos maiores de desemprego, o que geraria uma crise mais prolongada.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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