Jul 2021
5
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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Luan Sperandio
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porLuan Sperandio

A geração dos empreendedores

Segundo a mesma pesquisa, 24% dos jovens das classes A, B e C com até 30 anos já atuam nesse ramo. Além disso, dentre os que têm o desejo de empreender, 67% querem ter um negócio para se tornar independentes financeiramente, 39% com o objetivo de ter mais autonomia e não ter chefe de trabalho, 33% visando ter uma agenda mais flexível e 31% querem oferecer um produto/serviço inovador no mercado.

A pesquisa foi realizada entre 2 e 5 de março deste ano, sendo que mais de 1,5 mil pessoas foram ouvidas e possuíam idade de 16 a 30 anos. Vale lembrar que a margem de erro é de três pontos percentuais. Nesse sentido, a atividade tem se tornado uma porta de saída do forte desemprego vivido no país.

De acordo com um levantamento do Sebrae, em 2020, o empreendedorismo por necessidade foi responsável por 53,9% dos negócios com até três meses de vida no país. Esse número é superior aos 20,3% em relação à atualização anterior, realizada em 2018.

Falta de emprego e renda deve manter o movimento ao longo do ano 

Além do resultado geral da desocupação citado acima, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua estratificou os resultados e mostrou que a juventude é de fato a faixa etária mais afetada. Entre a população de 14 a 17 anos a taxa de desemprego chegou a 46,3%; entre os de 18 a 24 anos, foi de 31%; e, por fim, de 25 a 39 anos, ficou em 14,7%, mesma taxa observada para a economia brasileira como um todo.

Nesse cenário, uma política econômica que crie empregos não necessariamente mudará essa tendência. Na prática, o país deve melhorar as condições do ambiente de negócios para absorver esses novos empreendedores, uma vez que no mundo inteiro, observa-se uma mudança estrutural nos vínculos empregatícios

Mercado de capitais será essencial nessa trajetória

Esses movimentos por parte dos jovens brasileiros têm potencial para gerar inúmeras inovações ao longo dos próximos anos. Contudo, não existe desenvolvimento de produtos sem dinheiro, não há inovação sem que essas empresas sejam capitalizadas devidamente.

Assim, levando em conta a situação fiscal deteriorada do país, essa nova fase do desenvolvimento brasileiro é marcada pelo protagonismo da iniciativa privada e do mercado de capitais. Diante de juros historicamente baixos, isso já está ocorrendo. A cada trimestre, os recordes de venture capital são atualizados, já na casa dos bilhões. Dessa forma, com a integração entre empreendedores e mercado de capitais, inovações, aumento de produtividade e prosperidade estão mais próximos.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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