Economia

Debate fiscal tem sido sobre sustentabilidade da dívida, não atingimento de meta, diz Guillen

Debate fiscal tem sido sobre sustentabilidade da dívida, não atingimento de meta, diz Guillen Debate fiscal tem sido sobre sustentabilidade da dívida, não atingimento de meta, diz Guillen Debate fiscal tem sido sobre sustentabilidade da dívida, não atingimento de meta, diz Guillen Debate fiscal tem sido sobre sustentabilidade da dívida, não atingimento de meta, diz Guillen

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta segunda-feira, 13, que o debate fiscal tem sido sobre a sustentabilidade da dívida, e não em relação ao atingimento de metas de curto prazo. Ele fez a afirmação durante live promovida pela Bradesco Asset sobre os potenciais impactos da política monetária na conjuntura macroeconômica de 2025. A conversa é conduzida pelo economista-chefe da instituição financeira, Marcelo Toledo.

Guillen lembrou que no Questionário Pré-Copom (QPC), o BC fez uma pergunta sobre se a situação fiscal melhorou, ficou sem mudanças relevantes ou se piorou. Cerca de 80% das respostas, lembrou Guillen, apontavam que a situação fiscal piorou. “O debate tem sido cada vez mais sobre a sustentabilidade da dívida, não tanto sobre o atingimento do primário do ano e do arcabouço, mas sobre como é que vai se dar esse processo da sustentabilidade da dívida”, apontou.

Ele apresentou um gráfico da Pesquisa Focus para os próximos anos, que indica a elevação da dívida. Acho que parte da discussão está indo em torno disso. “Sobre preços de commodities e preço ao produtor, eu acho que o que mais tem tido impacto é justamente a dívida”, citou. Sobre essas matérias-primas, o diretor comentou que, em dólar, houve alta dos preços, mas quando se coloca a depreciação do real, os preços em reais tiveram maior impacto. “Qual vai ser o impacto disso? A gente pode discutir”, disse, comentando que o colegiado caminha para discussão sobre qual será o repasse cambial para as industriais e o comportamento de serviços.

De acordo com ele, o pass-through é mais alto quando se tem um lado mais apertado, quando se acredita que a taxa de câmbio é persistentemente mais depreciada, quando as expectativas são desancoradas. “Acho que a gente caminha cada vez mais para uma discussão sobre como é que está essa composição da inflação, o que está acontecendo com os serviços, como é que está se dando essa depreciação para bens industriais, como está o repasse, está conseguindo repassar ou não, demanda permitindo repasse, então acho que estamos nesse momento da inflação e no acumulado dos meses, tanto índice cheio quanto a média se elevaram.”