Economia

Decreto do governo não traz medida de ajuste fiscal, diz especialista

Decreto do governo não traz medida de ajuste fiscal, diz especialista Decreto do governo não traz medida de ajuste fiscal, diz especialista Decreto do governo não traz medida de ajuste fiscal, diz especialista Decreto do governo não traz medida de ajuste fiscal, diz especialista

São Paulo – O decreto do governo federal que limita os gastos mensais não traz nenhuma medida fiscal efetiva, avalia o especialista em contas públicas Mansueto Almeida. Ele argumenta que o limite estabelecido em 1/18 do projeto do Orçamento de 2015 não impede que os agentes públicos assumam compromissos e gastos e atrasem o pagamento. O especialista afirma que é comum ver o setor público postergar desembolsos. Lembra que, no ano passado, o pagamento de precatórios devidos no primeiro semestre foi consumado somente em novembro.

Além de não trazer nenhuma medida efetiva de controle de gastos, o decreto publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU) também não sinaliza o compromisso do governo de Dilma Rousseff com o ajuste fiscal. Aparentemente, o decreto congela investimentos até a Lei Orçamentária Anual (LOA) ser aprovada no Congresso Nacional, o que deve ocorrer entre o fim de fevereiro e o início de março. Mas, na prática, segundo Almeida, não é bem assim.

“Nos primeiros três meses do ano, o financiamento dos investimentos é feito com restos a pagar de outros anos e orçamentos já aprovados”, diz o economista. No primeiro trimestre do ano passado, 94% dos R$ 20,44 bilhões investidos eram recursos já empenhados. Almeida afirma que somente investimentos que ainda não foram aprovados pelo Congresso ficam congelados e esperando a aprovação da LOA.

O especialista em contas públicas afirma também que somente um próximo decreto ou decisão do governo federal poderia sinalizar o tamanho do comprometimento com o ajuste fiscal. “Infelizmente, a única despesa que o governo tem controle absoluto é investimento. Somente um novo decreto sobre esse assunto é que indicaria se o governo está comprometido mesmo ou não com o ajuste”, diz.

Ele pondera que, apesar de trazer uma contribuição muito pequena sobre o corte de gastos, uma eventual redução de ministérios traria um sinal inequívoco sobre o compromisso da equipe econômica com a meta de reduzir a relação entre dívida bruta e PIB. “Ainda estou esperando uma sinalização d