Economia

Demanda por petróleo no Brasil em fevereiro foi de 2,84 milhões de bpd, diz Opep

O aumento no mês, de acordo com a entidade que tem sede em Viena, foi de 130 mil bpd ou 5% na comparação com o mesmo mês de 2018

Demanda por petróleo no Brasil em fevereiro foi de 2,84 milhões de bpd, diz Opep Demanda por petróleo no Brasil em fevereiro foi de 2,84 milhões de bpd, diz Opep Demanda por petróleo no Brasil em fevereiro foi de 2,84 milhões de bpd, diz Opep Demanda por petróleo no Brasil em fevereiro foi de 2,84 milhões de bpd, diz Opep
Foto: Divulgação

A demanda por petróleo no Brasil em fevereiro foi de 2,84 milhões de barris por dia (bpd), conforme informou nesta quarta-feira, 10, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) por meio de seu relatório mensal. O aumento no mês, de acordo com a entidade que tem sede em Viena, foi de 130 mil bpd ou 5% na comparação com o mesmo mês de 2018.

No documento, a Organização salientou que, similar ao que ocorreu em meses anteriores, houve uma grande demanda por etanol em substituição à gasolina, seguida pelo diesel e querosene para aviação. “O aumento do consumo de etanol foi resultado dos menores preços do álcool, que maximizaram sua competitividade ante a gasolina”, comparou a instituição.

A Opep constatou que, enquanto os preços de varejo do etanol giravam em torno de R$ 2,78 por litro, os da gasolina registraram a média de R$ 4,19 por litro durante o mês de fevereiro. “Com isso, a demanda de etanol acelerou ao longo do mês e cresceu em 110 mil bpd na comparação com o mesmo mês do ano passado”, pontuou.

Projeções de produção

Após quatro meses sem mexer em suas previsões para a produção no Brasil, a Opep elevou sua expectativa para a oferta de 2018 e diminuiu a para 2019.

Segundo o relatório mensal divulgado nesta quarta-feira pela entidade, o abastecimento doméstico do ano passado foi de 3,30 milhões de barris por dia (bpd) ante estimativa dos últimos meses de um suprimento de 3,26 milhões de bpd.

Com o novo número, a expansão de 2018 será um pouco mais forte do que a esperada anteriormente sobre 2017, quando a produção nacional foi de 3,25 milhões de bpd. No documento publicado nesta quarta, há apenas como referência de 2018, as projeções trimestrais da segunda metade do ano: 3,2 milhões de bpd no terceiro trimestre e 3,3 milhões de bpd no quarto.

Para 2019, no entanto, a Organização reduziu a estimativa de 3,63 milhões de bpd mantida nos últimos quatro meses para 3,61 milhões de bpd agora. No detalhamento por trimestres, é possível ver ajustes de expectativas para a produção em todos os períodos.

Para o primeiro trimestre de 2019, a oferta foi estimada em 3,3 milhões de bpd ante projeção do mês passado de 3,5 milhões de bpd.

Para o período de abril a junho, a projeção de 3,6 milhões de bpd substituiu a de 3,5 milhões de bpd e, para o terceiro trimestre, a expectativa de abastecimento de 3,6 milhões de bpd deu lugar à de 3,7 milhões de bpd. Para os últimos três meses do ano, a correção foi de 3,9 milhões de bpd para 3,8 milhões de bpd.

PIB

A Opep manteve nesta quarta-feira suas projeções para o crescimento do PIB do Brasil em 2019, mas suprimiu o viés de alta para a expansão da atividade doméstica que constava nos relatórios mensais anteriores. De acordo com a entidade, o PIB brasileiro deverá avançar 1,8% em 2019, após ter subido 1,1% em 2018.

Nas edições anteriores, a instituição vinha reforçando que sua estimativa poderia mudar para cima levando em consideração o trabalho da administração de Jair Bolsonaro. “Dependendo das ações políticas do novo governo, bem como da evolução dos preços das commodities, a previsão de crescimento para 2019 pode mudar”, salientou a Opep nos meses anteriores.

No trecho em que faz análises sobre as moedas de países grandes exportadores de commodities, a Organização registrou que o dólar avançou 3,3% em relação ao real. Segundo a entidade, isso ocorreu devido a “preocupações com atrasos nas discussões sobre a reforma Previdenciária no Congresso do País”.