Economia

Denunciados na Zelotes negam envolvimento nos crimes

Denunciados na Zelotes negam envolvimento nos crimes Denunciados na Zelotes negam envolvimento nos crimes Denunciados na Zelotes negam envolvimento nos crimes Denunciados na Zelotes negam envolvimento nos crimes

São Paulo – Dois dos investigados denunciados nesta quarta-feira, 8, pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal na Operação Zelotes, o ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Otacílio Cartaxo, e a advogada Mary Elbe Queiroz, negaram envolvimento nos crimes apontados. Eles foram denunciados junto com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e outras 11 pessoas por corrupção, advocacia administrativa tributária e lavagem de dinheiro.

O advogado de Otacílio Cartaxo, Rodrigo Mudrovitsch, disse que manifesta “repúdio à inclusão de seu cliente, pelo Ministério Público, no rol de denunciados de ação penal sobre irregularidades em processo fiscal do Carf, supostamente cometidas pelo Grupo Comercial Cimento Penha. Ressalte-se a clara abusividade da acusação, considerando que a própria Polícia Federal apontou a inexistência de quaisquer vínculos de Otacílio Cartaxo com os pretensos ilícitos investigados durante anos pela corporação, incluindo buscas e apreensões, quebras de sigilos de telemáticos e bancários, e perícias. A defesa se declara perplexa não apenas pela desconsideração do resultado da investigação policial, mas também porque o Ministério Público busca imputar crimes que já se encontram, inclusive, prescritos”.

A defesa de Mary Elbe Queiroz diz que a advogada “recebeu com surpresa a informação de que seu nome está entre os de denunciados em investigação federal, já que não conhece nem jamais manteve relação com os nomes envolvidos, nem sequer prestou qualquer serviço à empresa citada na denúncia. A menção ao seu nome trata-se de um equívoco que será corrigido pela Justiça”.

A denúncia refere-se ao julgamento do Processo Administrativo Fiscal nº 19515.001226/2004-98, no qual se discutia a licitude de autuação tributária imposta ao Grupo Comercial de Cimento Penha, no valor de R$ 57.711.663,111. As investigações apontaram que houve manipulação da composição e funcionamento do Conselho Superior de Recursos Fiscais, órgão do Carf, para favorecimento indevido ao grupo comercial e auferimento de vantagens ilícitas dos denunciados.