Economia

Depois de 12 anos de paralisação, obra do Aeroporto de Vitória deve sair do papel

Investimentos previstos são de R$ 523,5 milhões, a ser aplicado na construção de novo terminal de passageiros, pátio de aeronaves, pontes de embarque e aumento do estacionamento

Depois de 12 anos de paralisação, obra do Aeroporto de Vitória deve sair do papel Depois de 12 anos de paralisação, obra do Aeroporto de Vitória deve sair do papel Depois de 12 anos de paralisação, obra do Aeroporto de Vitória deve sair do papel Depois de 12 anos de paralisação, obra do Aeroporto de Vitória deve sair do papel
Obras ampliarão áreas destinadas ao embarque de passageiros e pontes de embarque, entre outras Foto: Divulgação

Paralisadas desde 2008, depois do Tribunal de Contas da União questionar os valores empenhados na construção, as obras do Aeroporto Eurico Aguiar Salles deverão ser retomadas. A ordem de serviço será assinada no hangar da BR Aviation, nesta quinta-feira (25), às 10 horas, pelo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.

Os investimentos previstos para a retomada das obras são de R$ 523,5 milhões, que será aplicado na construção de um novo terminal de passageiros, pátio de aeronaves, pontes de embarque e aumento do estacionamento para veículos. O novo terminal de passageiros deverá atender 6,5 milhões de passageiros. 

Além do ministro e do presidente da autarquia, também participam da assinatura da ordem de serviço o governador Paulo Hartung (PMDB), o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), e a senadora Rose de Freitas (PMDB), líder da bancada capixaba que articulou a garantia das obras do aeroporto. O vice-presidente da República, Michel Temer, que era aguardado na cerimônia, cancelou sua vinda e justificou que tem um compromisso inadiável em Brasília.

“Ao longo dos últimos 12 anos, muitas vezes as pessoas não acreditaram que o novo aeroporto se tornaria realidade. Mas nós mantivemos a esperança e hoje temos o início das obras e uma conquista para o Espírito Santo. Na presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, vou ainda trabalhar para que esse aeroporto comece e termine no prazo estimado”, afirmou Rose. 

A previsão é de que as obras se prolonguem por 28 meses. A senadora Rose de Freitas acredita que o novo aeroporto irá favorecer o avanço da infraestrutura local e incentivar o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, principalmente os setores hoteleiro e comercial.

“Nós teremos a oportunidade de atrair várias empresas e de criar novos empregos”, assinalou Rose de Freitas.

Pousos e Instrumentos

O sistema de pouso por instrumentos, conhecido como ILS (sigla em inglês para Instrument Landing System), do aeroporto Eurico de Aguiar Salles, em Vitória (ES), voltou a ter o seu funcionamento normalizado nesta segunda-feira (22/06). O equipamento estava sem operar desde de dezembro de 2014 devido à interferências eletromagnéticas que estavam prejudicando a qualidade de seu sinal.

Segundo o coordenador-geral de Gestão da Navegação Aérea Civil da Secretaria de Aviação Civil, Max Carvalho Dias, o sistema permite maior precisão ao piloto e torre no procedimento de pouso por instrumento das aeronaves, principalmente em dias de mau tempo.

“Com o ILS do Aeroporto de Vitória em funcionamento é possível reduzir em até 75% o tempo de suspensão das operações em condições meteorológicas adversas”, relata o coordenador-geral. Ele acrescenta que o sistema funciona em outros 35 aeroportos brasileiros e está presente em praticamente todas as capitais.

HISTÓRICO

A operação do ILS no aeroporto teve início em agosto de 2014 com uma alta expectativa em relação à redução de horas de fechamento do aeroporto sob condições meteorológicas desfavoráveis. Em dezembro do mesmo ano, o equipamento foi retirado de funcionamento devido à interferências eletromagnéticas.

Por esse motivo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Comando da Aeronáutica (Comaer) foram acionados para verificar a origem daquela interferência. Após seis meses e o fechamento de algumas fontes de emissão não autorizadas pela agência reguladora, o sinal do ILS se normalizou e o equipamento pôde ser disponibilizado à aviação.