Economia

Desemprego deve se agravar em maio, avalia economista da Fundação Seade

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São Paulo – O crescimento da taxa de desocupação medida pelo IBGE por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) reflete um aumento maior da População Economicamente Ativa (PEA) e da taxa de participação do que do nível de ocupação, avaliou o economista da Fundação Seade Alexandre Loloian.

Em abril, o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País foi de 6,4% em abril, ante 6,2% em março e 4,9% em abril de 2014. Segundo Loloian, a tendência é de aumento do desemprego a partir de maio.

“Desde o fim do ano passado, o desemprego começou a aumentar. No primeiro trimestre, a coisa não desandou muito, porque ficou aquela expectativa bruta. Mas provavelmente teremos agravamento da situação a partir de maio, com diminuição do nível de ocupação, o que não é muito comum para o período”, afirmou Loloian. Segundo ele, normalmente o emprego aumenta no segundo semestre, atingindo o pico em novembro e dezembro, e volta a arrefecer no primeiro quadrimestre do ano seguinte.

O economista avaliou que a queda da renda média real dos trabalhadores em abril reflete um “efeito duplo” de deterioração do mercado de trabalho e inflação. “Com a deterioração do mercado, os salários nominais tendem a variar mais negativamente. Por exemplo, as empresas demitem um operário e contratam outro ganhando menos. Com a inflação, o salário real se reduz ainda mais”, explicou. Em abril, a renda média real caiu 0,5% ante março e 2,9% em relação ao mesmo mês de 2014.