Economia

Dilma veta lista de despesas que não teriam restrições orçamentárias

Dilma veta lista de despesas que não teriam restrições orçamentárias Dilma veta lista de despesas que não teriam restrições orçamentárias Dilma veta lista de despesas que não teriam restrições orçamentárias Dilma veta lista de despesas que não teriam restrições orçamentárias

Brasília – A presidente Dilma Rousseff impediu uma iniciativa do Congresso Nacional que visava permitir que a segurança pública e outras nove despesas não pudesse sofrer nenhum tipo de restrição orçamentária ao longo deste ano. Dilma vetou uma lista de 10 itens de sofrer limites de empenho. A proposta havia sido aprovada pelos parlamentares no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, após ter sido incluída durante a tramitação pelo ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), hoje ministro do Tribunal de Contas da União.

Na lista de despesas que não poderiam sofrer cortes estavam também ações de pesquisa e desenvolvimento e de transferências de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), despesas para o enfrentamento da violência contra a mulheres e ações para a região de Calha Norte. O ex-senador tinha ainda incluído gastos de bolsas estiagem e de proteção de Povos Indígenas isolados, de desenvolvimento de produtos e de sistemas de defesa, reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz e despesas com o Programa Gestão de Riscos e Resposta a Desastres.

Na justificativa ao veto, a presidente disse que a exclusão de “quaisquer dotações orçamentárias do cálculo da base contingenciável traz maior rigidez para o gerenciamento das finanças públicas, especialmente no tocante ao alcance da meta de superávit primário”.

“Além disso, à medida que se reduzem, nessa base, as despesas discricionárias do Poder Executivo, aumenta proporcionalmente a participação dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União na limitação de empenho, o que poderá prejudicar o desempenho de suas funções, uma vez que, de forma geral, suas dotações se destinam ao custeio de ações administrativas. Nesse sentido, entende-se que ressalvar as despesas relacionadas, da limitação de empenho, contraria o interesse público”, afirmou Dilma, nas razões do veto.