Economia

Diretor diz que Petrobras discute um projeto de termelétrica nova no Gaslub

Diretor diz que Petrobras discute um projeto de termelétrica nova no Gaslub Diretor diz que Petrobras discute um projeto de termelétrica nova no Gaslub Diretor diz que Petrobras discute um projeto de termelétrica nova no Gaslub Diretor diz que Petrobras discute um projeto de termelétrica nova no Gaslub

O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse nesta quinta-feira que a companhia estuda a construção de uma nova usina termelétrica a gás no polo Gaslub, em Itaboraí (RJ), parte do antigo Comperj.

A nova unidade já estava no projeto original do Gaslub e pode ser levada a cabo à frente. Tolmasquim disse que a grande vantagem para a instalação da nova térmica é a proximidade com a unidade de processamento de gás natural (UPGN) local.

“Tem um projeto de térmica que estamos discutindo, que está no projeto original, tem uma térmica prevista. Estamos analisando se vale a pena ou não. É claro que ali, como está ao lado da UPGN, há uma vantagem grande”, disse.

O executivo descartou sair do mercado de térmicas, como foi cogitado por gestões anteriores. “A gente não vai sair do mercado de termelétricas, porque somos produtores de gás e hoje elas (usinas térmicas) ainda são importantes para segurança. A maior parte delas operam de forma flexível, quando necessário. Só uma ou 2 que não são assim porque produzem vapor para refino, o que é uma necessidade (da Petrobras)”, disse.

Ainda assim, afirmou Tolmasquim, a gestão Jean Paul Prates considera se desfazer de unidades mais obsoletas ou a óleo para venda ou descomissionamento. “Não está descartada a possibilidade de sair de algumas térmicas obsoletas ou a óleo, mas ainda não há decisão sobre o tema. Isso faz parte de uma política normal da empresa, de renovação de ativos”, disse.

No fim de 2021, a Petrobras concluiu a venda de três usinas termelétricas movidas a óleo combustível localizadas em Camaçari, na Bahia, para a São Francisco Energia S.A. (Global Participações) por R$ 61 milhões. Estas eram as unidades Arembepe, Bahia 1 e Muricy. Uma quarta usina a óleo, a unidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, compunha o bloco de ativos desse tipo à venda, mas esse desinvestimento não foi à frente.

Em 2020, a Petrobras chegou a incluir todo o parque de termelétricas na lista de ativos que poderiam ser vendidos à frente, mas, um ano depois, no documento de 2021 voltou atrás com relação às usinas alimentadas a gás, deixando apenas as térmicas a óleo no hall de ativos a serem vendidos.

A atual gestão, sob o governo Lula, interrompeu todo o processo de desinvestimentos para revisão. Novas diretrizes nesse sentido devem ser divulgadas no plano para os anos entre 2024 e 2026, a ser divulgado em novembro deste ano, segundo o próprio Tolmasquim.