Economia

Diretor do MDIC diz desconhecer discussão sobre taxar exportação de minérios

Diretor do MDIC diz desconhecer discussão sobre taxar exportação de minérios Diretor do MDIC diz desconhecer discussão sobre taxar exportação de minérios Diretor do MDIC diz desconhecer discussão sobre taxar exportação de minérios Diretor do MDIC diz desconhecer discussão sobre taxar exportação de minérios

Brasília – Enquanto o Congresso Nacional discute taxar exportações de minérios para cobrir perdas de Estados com a desoneração de ICMS, o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, ressaltou que o Brasil não tem tradição de taxar produtos exportados.

Brandão afirmou desconhecer a discussão em curso no Legislativo, mas lembrou que não há cobrança de imposto de exportação em geral, tendo apenas taxas excepcionais, como sobre cigarros para países fronteiriços.

Como informou ontem o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, exportações de minério brasileiras poderão ser taxadas em 30%. A proposta foi incluída no relatório do projeto que regulamenta os repasses da chamada Lei Kandir, apresentado na terça-feira, 31, pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT) na comissão mista criada para discutir o tema, que deverá ser votado na próxima semana.

A Lei Kandir, de 1996, isentou do pagamento de ICMS produtos e serviços ligados à exportação e previu que os Estados seriam recompensados. Os valores repassados, porém, nunca foram regulamentados e são alvo de disputa entre Estados e União. No fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo de um ano para que o Congresso Nacional regulamentasse os pagamentos e o Legislativo corre agora para tentar aprovar um projeto até o início de dezembro.

A proposta do senador Fagundes estabelece o repasse anual de R$ 9 bilhões aos Estados exportadores, corrigidos anualmente pela inflação medida pelo IPCA. O valor estaria acima do que vem sendo repassado pela Lei Kandir e pelo fundo de apoio à exportação (FEX), previsto na lei. Neste ano, os dois valores têm orçamento de R$ 3,8 bilhões, mas o pagamento do FEX é muitas vezes bloqueado pelo governo federal, que chegou a não repassar nenhum valor do fundo em anos anteriores.