Economia

Discussão sobre preços de combustíveis está sendo feita com cautela, diz Marun

Discussão sobre preços de combustíveis está sendo feita com cautela, diz Marun Discussão sobre preços de combustíveis está sendo feita com cautela, diz Marun Discussão sobre preços de combustíveis está sendo feita com cautela, diz Marun Discussão sobre preços de combustíveis está sendo feita com cautela, diz Marun

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou na manhã desta terça-feira, 22, em entrevista à rádio CBN, que o governo ainda está avaliando que medidas podem ser tomadas para reduzir a imprevisibilidade dos preços dos combustíveis. “Vamos tratar isso com responsabilidade. Nós não podemos tirar do nosso horizonte o fato de que uma política de preços equivocada quase levou a Petrobras, que é um patrimônio dos brasileiros, à bancarrota”, disse Marun, bastante cuidadoso ao falar sobre o assunto.

Ele destacou que as questões que envolvem o preço dos combustíveis têm razões internacionais, como a alta do dólar e o preço internacional do petróleo, o que traz um “indesejável aumento dos preços dos combustíveis”.

O ministro confirmou que nesta terça-feira acontece uma reunião da área técnica do governo, com os ministros de Minas e Energia, Fazenda e o presidente da Petrobras, para analisar e avaliar medidas possíveis. “Mas tudo feito com cautela e responsabilidade, até para que não se tome decisões que, no lugar de contribuir para a solução do problema, venham agravar ainda mais”, insistiu.

Questionado sobre as alternativas que estariam sendo estudadas pelo governo, Marun disse que, na segunda-feira, 21, em reunião que ocorreu sobre o tema no Palácio do Planalto, ele participou quase como “ouvinte” e não teria como contribuir neste momento. Mas o ministro disse acreditar que nada esteja descartado, a não ser obrigar a Petrobras a trabalhar com preços que não sejam reais. “Esta situação é que não está no horizonte, até porque não é possível. Isso não vai acontecer”, ressaltou.

Marun reconheceu, no entanto, que essa imprevisibilidade do preço dos combustíveis “incomoda”, como também afirmou na segunda-feira o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Marun destacou que preços, como dos fretes, têm essa imprevisibilidade diante da variação dos preços dos combustíveis. “Tudo que vier a ser feito vai ser feito e, se vier a ser feito, vai acontecer com a anuência da Petrobras e garantindo a saúde financeira dessa empresa”, reforçou.

O ministro lembrou que existe a questão fiscal e muitas questões estão à mesa e a discussão ainda deve avançar nesta terça – e talvez na quarta-feira. “São decisões que envolvem consequências graves, têm que ser tomadas com responsabilidade, mas eu diria que nada está descartado e nada está certo. Outras situações estão sendo avaliadas e suas consequências.”

Questionado se o governo não teria um conforto maior, principalmente fiscal, se tivesse feito o dever de casa e aprovado a reforma da Previdência, Marun reagiu: “Dizer que o governo não fez dever de casa remete à população a ideia de que poderíamos ter feito reforma da Previdência por decreto. Não vivemos ditadura, vivemos democracia, onde governo propõe e o Congresso vota”, disse

O ministro retomou a tese de que o governo perdeu capital político em razão das denúncias do executivo Joesley Batista, envolvendo o presidente, o que prejudicou o andamento da reforma. “O governo perdeu capital político em razão daquela conspiração asquerosa liderada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, numa conspiração asquerosa para um vazamento seletivo, que levou órgãos da imprensa a divulgar uma versão enganosa e isso nos tirou a grande oportunidade de aprovação da reforma da previdência”, disse.