Economia

"É fundamental que governadores tragam votos para aprovar reforma", diz Ribeiro

“É fundamental que governadores tragam votos para aprovar reforma”, diz Ribeiro “É fundamental que governadores tragam votos para aprovar reforma”, diz Ribeiro “É fundamental que governadores tragam votos para aprovar reforma”, diz Ribeiro “É fundamental que governadores tragam votos para aprovar reforma”, diz Ribeiro

O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), está reunido neste domingo com líderes de nove partidos da Câmara, com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para discutir os termos finais do relatório que deverá apresentar nesta semana. Integrantes da base do governo – PSL e Novo – não participam do encontro.

De acordo com o líder da maioria na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a reunião foi marcada para avançar na discussão do parecer para que, quando ele for apresentado formalmente, haja maior anuência dos congressistas, o que pode agilizar a votação da proposta na comissão especial.

“Acredito que o relator já tenha avançado bastante com relação ao tema e nós temos condições de conversar com ele para garantir a maioria dos 308 votos”, afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).

Segundo os líderes, a apresentação formal do relatório deve ficar apenas para terça-feira, após a reunião dos governadores, marcada para o mesmo dia em Brasília. “A apresentação só deve ser feita depois da conversa com os governadores. Foi isso que os governadores pediram à comissão e ao relator Samuel Moreira”, afirmou o vice-presidente da comissão especial da reforma, deputado Sílvio Costa Filho (PRB-PE), que também participou do encontro.

A maior parte dos governadores é favorável à manutenção dos Estados e municípios na reforma da Previdência, mas alguns deputados defendem a retirada dos entes federativos por considerarem que, ao votar favoravelmente à reforma, podem se desgastar com suas bases locais.

Aguinaldo, no entanto, cobrou maior compromisso dos governadores com a proposta do governo federal. “É uma incoerência o governador sinalizar o apoio à reforma e sua base votar contra. Isso é inexplicável do ponto de vista da coerência. O que estamos esperando é que os governadores possam, da mesma forma que estão externando apoio à reforma, possam traduzir isso em votos”, disse.

Já o líder do PL (ex-PR), Wellington Roberto (PB), argumentou que as assembleias legislativas devem ficar com o papel de aprovar regras para as previdências estaduais junto aos governos de casa Estado. “Todo mundo tem de ter o ônus e o bônus. Vamos aguardar”, disse.

Dentre os pontos de maior divergência estão as regras de transição para servidores públicos e pensionistas do INSS e a capitalização. Aguinaldo destacou ainda que outros pontos que devem ser discutidos pelos parlamentares até não representam impacto fiscal na economia prevista, mas tem repercussão nas bases dos deputados e por isso são alvo de questionamentos.

Segundo Aguinaldo, o momento de votação da reforma da Previdência pelo plenário da Câmara será definido pelo governo. “É o governo que tem que dizer que tem o número de votos e viabilizar a votação. O que define esse momento é a quantidade de votos”, disse. O deputado, no entanto, afirmou que a contagem do apoio será feita de forma mais efetiva após a apresentação do relatório.